A exportação brasileira de carne bovina in natura e processada caiu 8,45% em novembro, para 122.038 toneladas, em comparação com 133.295 toneladas no mês anterior. A receita cambial foi de US$ 518,2 milhões. Os dados são da Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2014, a queda é de 12% em volume, com 1,23 milhão de toneladas em comparação com 1,40 milhão de toneladas. A receita cambial diminuiu 19%, com US$ 5,27 bilhões em comparação com US$ 6,51 bilhões em 2014.
Em relação a novembro de 2014, no entanto, houve ganho: no ano passado foram exportadas 115.609 toneladas e, neste ano, 122.038 toneladas. Segundo a Abrafrigo, a desvalorização do real vem favorecendo amplamente o setor. Somente nas exportações de carne bovina in natura, que representa quase 80% dos negócios, o volume obtido em reais foi 14,4% superior ao do ano passado no mesmo período, alcançando R$ 14,07 bilhões.
Entre os maiores importadores brasileiros, o destaque em 2015 é o crescimento significativo das vendas para o Egito (+ 27%) e para o Irã (+49%). No lado negativo, o destaque é a queda das importações de Hong Kong (-33%), explicada pelas compras que agora são diretas por parte da China, da Rússia (-45%) e da Venezuela (-40%).
Conforme a Abrafrigo, este panorama de queda nas exportações deve mudar em 2016 com a reabertura de importantes mercados como Arábia Saudita e a entrada no mercado dos Estados Unidos, além do crescimento esperado para o mercado chinês. Até novembro, 62 países tiveram crescimento nas compras do produto brasileiro, enquanto 84 nações apresentam queda nas aquisições.
Os Estados brasileiros que mais exportam em 2015, até novembro, são: São Paulo (311.229 t); Mato Grosso (233.446 t); Goiás (185 899 t); Rondônia (120.809 t) e Mato Grosso do Sul (109.348 t).