Levy defende diálogo, transparência e regras bem estabelecidas

Segundo o ministro, essas medidas são fundamentais para, ao lado do ajuste fiscal, garantir a confiança do empresariado
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 11/12/2015 às 13:30
Segundo o ministro, essas medidas são fundamentais para, ao lado do ajuste fiscal, garantir a confiança do empresariado Foto: Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil


O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o fim do boom das commodities obrigou o governo federal a adotar uma política de maior disciplina do ponto de vista fiscal. Em gravação transmitida nesta sexta-feira (11), na cerimônia de inauguração do Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), Levy salientou que o Brasil enfrenta um período desafiador, situação agravada por implicações políticas e dificuldades no âmbito econômico e que exige uma série de medidas como forma de resposta e de sustentação para a retomada do crescimento econômico.

Para "permitir que o mercado funcione como tem que funcionar", Levy defendeu o diálogo, a transparência e a definição de regras bem estabelecidas, medidas consideradas fundamentais para, ao lado do ajuste fiscal, garantir a confiança do empresariado. "Sabemos que, em havendo condições, o mercado responderá favoravelmente. Precisamos enfrentar os gargalos, como, por exemplo, é o caso da infraestrutura. Temos que trabalhar para que os investimentos privados sejam destravados", afirmou Levy, cuja presença no Enaiq estava prevista ao longo desta semana.

O ministro relembrou o êxito do governo ao licitar projetos portuários e usinas hidrelétricas nos últimos dias e destacou a necessidade de criação de um melhor ambiente no Brasil. Para tanto, defendeu a reforma do ICMS, atualmente em discussão no Congresso, e também do PIS/Cofins. "É uma reforma que estamos enviando para o Congresso brevemente e que já está na Casa Civil", explicou.

Ao estabelecer as "condições de robustez fiscal mínimas", as quais passam pelo avanço de projetos no Congresso, o governo prevê garantir a retomada da economia, da demanda e da confiança, além da acomodação da taxa de juros. Como reação, continuou o titula da economia, o crédito também será retomado. "Se conseguirmos vencer os desafios que existem, e que estão no Congresso inclusive, para alcançarmos o orçamento 2016 com elementos que deem tranquilidade a todo o País, tenho certeza de que a demanda vai voltar", disse Levy.

Com um cenário mais favorável, de acordo com o ministro, a prioridade do governo seria viabilizar reformas necessárias para o Brasil. "As reformas estruturais são fundamentais para que consigamos realmente pavimentar a trajetória de crescimento no Brasil", complementou Levy.

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