A atividade econômica brasileira medida pela Serasa Experian abriu o ano de 2016 com retração de 0,1% em janeiro na comparação com dezembro do ano passado. Sob a ótica da demanda, o destaque negativo foi o consumo das famílias, com queda de 1,1%, enquanto pelo lado da oferta a indústria encolheu 1,0% na margem. Na comparação com janeiro de 2015, o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica caiu 6,1%, enquanto no acumulado de 12 meses o declínio ficou em 4,2%.
Para os economistas da instituição, as quedas representam "tanto um prolongamento quanto um aprofundamento do atual quadro recessivo do País".
Na demanda, o tombo mais intenso na passagem de dezembro para janeiro foi no consumo das famílias, que encolheu 1,1%. Além disso, as exportações encolheram 0,1% e as importações, que entram no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) com sinal invertido, avançaram 4,0%.
As contribuições positivas partiram da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com alta de 3,9%, e do consumo do governo, que cresceu 1,4%. Em relação a janeiro de 2015, a principal contribuição positiva partiu da queda de 27,4% nas importações e da alta de 2,7% nas importações. Já os investimentos encolheram 18,6%, o consumo das famílias, 7,6% e o consumo do governo, 0,3%
Sob a ótica da oferta, a maior contribuição para o resultado negativo do indicador, conhecido como PIB Mensal, deveu-se exclusivamente à indústria, que teve um desempenho 1,0% inferior ao de dezembro, já descontados os efeitos sazonais.
Por outro lado, os Serviços avançaram 0,2% e a Agropecuária, 2,2%, na mesma base de comparação. Em relação a janeiro de 2015, as quedas foram generalizadas: a indústria caiu 11,7%, os serviços, 4,2% e a agropecuária, 3,9%.