Após um primeiro trimestre de quedas, em função da parada para manutenção de plataformas, a produção total de petróleo e gás natural no País teve uma alta de 7% em maio, na comparação com abril. Ao todo, o volume diário foi de 3,115 milhões de barris de óleo equivalente.
A alta foi puxada, principalmente, pela produção nos campos do pré-sal na Bacia de Santos, que atingiu o maior patamar desde o início da produção. Ao todo, a produção de gás e óleo nas águas profundas cresceu 15,2% em maio na comparação com o mês anterior, de acordo com o levantamento mensal feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
A produção recorde no pré-sal somou 1,146 milhão de barris de óleo equivalente por dia no mês de maio. Quase metade do volume de óleo (49%) é produzido em um único campo: Lula, na Bacia de Santos.
De acordo com a ANP, a produção em águas profundas na Bacia de Santos já representa 30% de toda a produção do País - há cinco anos, em maio de 2011, o volume produzido na região representava apenas 4,6% da produção nacional.
A média diária de produção de petróleo no País ficou em 2,487 milhões de barris em maio, alta de 8,6% em relação a abril. Já a produção de gás somou 99,8 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 4,2% na passagem de abril para maio. A queima de gás no mês foi de 96,3%, uma redução no volume de 8,3% em relação a abril.
A produção operada pela Petrobras somou 2,927 milhões de barris - alta de 6% entre abril e maio. Parte desse volume é repassada a empresas parceiras nas concessões, restando pouco mais de 2,5 milhões para a estatal. Apesar da melhora na produção, a participação da Petrobras no total produzido no país recuou um ponto porcentual entre abril e maio.
Isso ocorre porque a produção de outras empresas privadas cresceu no período. A norueguesa Statoil, por exemplo, superou a Shell em produção e tornou-se, em maio, a segunda principal produtora do País com um volume de 76 mil barris de óleo equivalente produzidos por dia - quase três vezes a mais do que no mês de abril. Em maio, a empresa retornou a produção após parada para manutenção de uma plataforma.