O dólar à vista operou em baixa durante praticamente todo o dia, mas inverteu a tendência nos últimos minutos de negociação e fechou esta segunda-feira (15) cotado a R$ 3,1876 no mercado à vista, em alta de 0,09% frente ao real.
Em um dia de noticiário escasso e volume de negócios bastante reduzido, a moeda americana acompanhou por todo o tempo tendência de queda que prevaleceu frente a outras divisas pelo mundo, principalmente em relação às de países emergentes.
O Banco Central (BC) manteve a oferta maior de contratos de swap cambial reverso, o que, segundo profissionais do mercado, contribuiu em boa medida para conter o movimento de baixa.
O dólar havia acumulado ganho de 1,76% na quinta e na sexta-feira, dias 11 e 12, em reação ao aumento da oferta de swaps reversos e a uma sinalização do presidente em exercício, Michel Temer, de que a apreciação do real era uma preocupação do governo. Até a decisão do BC, a moeda acumulava perda de 3,47% em agosto. Em contrapartida às declarações de Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do BC, Ilan Goldfajn, reforçaram que o câmbio no Brasil é, por definição, flutuante.
Na mínima do dia, registrada pela manhã, o dólar à vista chegou a R$ 3,1583 (-0,83%). A defesa do câmbio flutuante feita por Meirelles e Ilan Goldfajn contribuiu para tirar pressão do câmbio, mas a influência internacional foi apontada como determinante para a desvalorização do dólar pela manhã. Essa correlação perdeu fôlego à tarde, com investidores recompondo parte dos dólares que haviam vendido mais cedo.
O dólar se manteve fraco no exterior em meio à expressiva alta dos preços do petróleo e à percepção de que os juros nos Estados Unidos não devem ser elevados logo. As bolsas americanas fecharam em alta e os ativos de países emergentes ganharam força Depois do resultado fraco da inflação no atacado nos Estados Unidos, divulgado na sexta-feira, as atenções se voltam ao CPI, que mede a inflação ao consumidor, que será conhecido nesta terça-feira, dia 16.