CNC: retomada na intenção de consumo das famílias depende do mercado de trabalho

Apesar da alta de 0,9% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em agosto ante julho, o indicador ainda registra queda de 15,3% em comparação ao ano passado
Estadão Conteúdo
Publicado em 16/08/2016 às 15:22
Apesar da alta de 0,9% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em agosto ante julho, o indicador ainda registra queda de 15,3% em comparação ao ano passado Foto: Foto: Fotos Públicas


Uma retomada mais significativa na confiança do consumidor só será impulsionada através da geração de emprego, segundo a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da alta de 0,9% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em agosto ante julho, o indicador ainda registra queda de 15,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A expectativa das famílias segue baixa em relação ao mercado de trabalho. No mês de agosto, o item Perspectiva Profissional, um dos sete componentes do ICF, teve alta de 0,5% em relação a julho. Porém, a expectativa em relação ao mercado profissional caiu 1,1% entre as famílias que recebem mais de 10 salários mínimos. Entre as famílias com renda até 10 salários houve alta de 0,9% na perspectiva.

Situação fiscal

Segundo a assessora econômica da CNC, Juliana Serapio, para que o indicador melhore é necessário que "a política fiscal seja restabelecida" e que o empresariado volte a ter confiança para investir no Brasil. "Uma melhora (no índice) vai acontecer com a retomada de confiança do empresário e com uma melhora na indústria, ou seja, com a geração de emprego. Se a confiança do empresário subir, ele irá contratar mais e fazer mais investimentos", afirmou.

Na visão da assessora, uma melhora significativa ainda deve demorar a acontecer. "Não acredito que neste ano terá uma reversão. Mas já será um alento ficar com uma pequena alta. Acredito em uma melhora no meio do ano que vem", afirmou.

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