A Bovespa teve um dia de negócios reduzidos à metade nesta segunda-feira (5) devido ao feriado do dia do trabalho nos Estados Unidos. Com as bolsas americanas fechadas, as principais referências para os negócios foram os mercados europeus e principalmente as cotações do petróleo. Depois de alternar pequenas altas e baixas, o Índice Bovespa terminou o dia em baixa de 0,08%, aos 59.566,34 pontos, e com R$ 3,66 bilhões em negócios.
A notícia de que Rússia e Arábia Saudita teriam chegado a um acordo para limitar a produção de petróleo impulsionou os preços da commodity, que chegaram a subir mais de 4% nas bolsas de Londres e de Nova York. Com isso, as ações da Petrobras operaram em alta durante todo o dia. Ao final dos negócios em horário regular, Petrobras ON e PN tiveram altas de 2,88% e 1,92%, respectivamente.
Do lado negativo, o principal destaque do dia foi JBS ON, que liderou as quedas do Ibovespa (-10,04%) como reação à operação de busca da Polícia Federal na holding J&F, controladora do frigorífico. A operação, batizada de Greenfield, teve como alvo a Eldorado, divisão de celulose do grupo. Wesley Batista, CEO global da JBS e sócio da holding, foi levado à PF para prestar esclarecimentos. Seu irmão e sócio Joesley Batista, que preside a J&F, também teve expedido um mandado de condução coercitiva, mas está em viagem fora do País.
A operação Greenfield apura crimes de gestão temerária e fraudulenta em desfavor de quatro dos maiores fundos de pensão do País: Funcef, Petros, Previ e Postalis. Como consequência do envolvimento da Previ nas investigações, as ações do Banco do Brasil operaram em queda durante todo o dia e fecharam com perda de 0,97%. Os demais papéis do setor bancário tiveram alguma volatilidade no dia e foram em grande parte responsáveis pelas alternâncias de sinal do Ibovespa ao longo do dia.
Ainda do lado negativo, destaque para Vale ON (-1,86%) e Vale PNA (-2,39%), que reagiram ao rebaixamento da recomendação da ação da mineradora de "neutra" para "venda" feita pelo UBS. O banco suíço justifica a revisão pelos preços do minério de ferro, que estariam superestimados.