O dólar fechou em ligeira alta frente ao real nesta segunda-feira (19) em meio a um movimento defensivo dos investidores em uma semana crucial para a futura liquidez internacional. Ao longo do dia, os agentes financeiros evitaram grandes posições no mercado local de câmbio e o dólar se manteve perto da estabilidade, mas a divisa se firmou em alta no final do pregão. De acordo com profissionais ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo EStado, o mercado deve operar "de lado", com variações pouco acentuadas para cima ou para baixo, até as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco do Japão (BoJ), na quarta-feira.
No segmento à vista, o dólar fechou cotado aos R$ 3,2755 (+0,26%), próximo da máxima intraday registrada poucos minutos antes do encerramento, de R$ 3,2785 (+0,35%). Já a mínima, observada no final da manhã, foi de R$ 3,2528 (-0,44%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,042 bilhão. No mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou aos R$ 3,2855 (+0,24%). A máxima intraday foi de R$ 3,2910 (+0,41%), enquanto a mínima tocou R$ 3,2655 (-0,37%). O giro no futuro chegou a US$ 12,852 bilhões.
Os investidores mantiveram a cautela com a agenda da semana, que traz a decisão de política monetária do Fed e do BoJ no dia 21. Já no dia seguinte, é a vez de o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, fazer um pronunciamento.
A expectativa de especialistas e investidores é de que o Fed mantenha juros inalterados, entre 0,25% e 0,50%, no encontro de quarta-feira, contudo as atenções devem se voltar para as possíveis indicações da presidente da entidade, Janet Yellen, e as projeções dos dirigentes. No caso do BoJ e BCE, a expectativa é de sinais sobre novos estímulos, mas há cautela no mercado com uma possível frustração sobre os próximos passos.