IPCA para 2016 cai de 6,80% para 6,72%, aponta Relatório Focus

Há um mês, estava em 6,88%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%
Estadão Conteúdo
Publicado em 28/11/2016 às 8:41
Há um mês, estava em 6,88%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93% Foto: Foto: Marcos Santos /USP Imagens


Os economistas do mercado financeiro mudaram, para melhor, suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (28), mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - este ano foi de 6,80% para 6,72%. Há um mês, estava em 6,88%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,93%. Há quatro semanas, apontava 5,00%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,79% para 6,68%. Para 2017, foi de 4,81% para 4,80%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,89% e 5,03%.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses cedeu de 4,94% para 4,89% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,95%

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para novembro caiu de 0,36% para 0,33%. Um mês antes, estava em 0,39% No caso de dezembro, a previsão do Focus cedeu de 0,60% para 0,55%, ante 0,60% de quatro semanas atrás. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, o BC havia apresentado suas estimativas mensais para o IPCA no curto prazo, sendo que a taxa projetada na época para a inflação em novembro era de 0,45%. 

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que justificou a decisão do colegiado de reduzir a Selic (a taxa básica de juros) de 14,25% para 14,00% ao ano, o BC afirmou que cortes maiores dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal. 

A inflação de alimentos, que em documentos anteriores era citada pelo BC, deixou de ser um dos principais problemas para o afrouxamento monetário. A instituição também confirmou na ata suas projeções para a inflação nos próximos anos, pelo cenário de referência: 7,0% em 2016, 4,3% em 2017 e 3,9% em 2018.

Em comunicação recente, já após a eleição de Donald Trump nos EUA, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a mensagem da última ata do Copom continua válida. Nesta terça e quarta-feira, dias 29 e 30, o Copom faz sua última reunião do ano e decide o novo patamar da Selic.

Preços administrados

O Relatório Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 6,07% para avanço de 6,02%. 

Para o próximo ano, a mediana foi de elevação de 5,30% para alta de 5,28%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,00% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,20% em 2017.

Na ata do último encontro do Copom, o colegiado do BC havia informado que esperava alta de 6,2% para os preços administrados em 2016, de 5,8% para 2017 e de 5,1% para 2018.

Outros índices

O relatório divulgado nesta segunda pelo BC também mostrou que a mediana do IGP-DI de 2016 passou de 6,88% para 6,83% da última semana para esta. Há um mês, estava em 7,29%. Para o ano que vem, a mediana das previsões foi de 5,17% para 5,06%. Quatro levantamentos atrás, estava em 5,38%. 

Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas. 

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 7,25% para 7,18% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 7,53%. Para 2017, a previsão foi de 5,30% para 5,22% - um mês atrás estava em 5,41%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 permaneceu em 6,58%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,65%. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo seguiram em 5,06%, ante 5,55% de um mês antes.

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