Meirelles: sou favorável à adesão do Brasil à OCDE

Meirelles afirmou que conversou com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, para tratar de um aumento da colaboração do Brasil com a organização
Estadão Conteúdo
Publicado em 18/03/2017 às 15:40
Meirelles afirmou que conversou com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, para tratar de um aumento da colaboração do Brasil com a organização Foto: LINO MIRGELER / DPA / AFP


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou neste sábado (18) que é favorável à adesão ao Brasil à Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e que tratará desse assunto com o governo nas próximas semanas. "Eu defendo a entrada na OCDE. Acho que é positivo não só porque a Organização defende posições alinhadas com as que estamos adotando, mas também por causa da questão de melhora do rating brasileiro, pois mostra que é economia sólida", afirmou.

Ontem, o Broadcast adiantou que Meirelles e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, se encontrariam com o secretário-geral da entidade, Angel Gurría, para tratar do tema. A conversa ocorreu em Baden-Baden, na Alemanha, onde estiveram para participar da reunião financeira do grupo das 20 economias mais ricas do globo, o G-20. Meirelles parte esta noite para o Brasil e Goldfajn vai até Basileia para participar da reunião bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

"Tivemos hoje uma excelente reunião com Angel Gurría e já combinamos de aumentar a colaboração com a OCDE", relatou o ministro. Segundo ele, como o Brasil é um país convidado a integrar o grupo, o trâmite de adesão, quando iniciado, deve ser mais rápido (cerca de dois anos) do que o de um país que tenta entrar por conta própria (geralmente leva mais de três porque tem de ser aprovado por todos os 35 membros do grupo mais a União Europeia).

Brasil já demonstrou interesse em entrar na OCDE

Há dois anos, o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também mostrou interesse em participar da OCDE, mas as negociações não foram para frente. Esta é uma decisão de governo, que deve incluir, além da Presidência, outros ministros, como o das Relações Exteriores e de Comércio Exterior. Em junho de 2015, o Brasil chegou a assinar um acordo para aprofundar a relação entre o País e a entidade, mas não passou disso.

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