Os juros futuros continuaram rondando os ajustes anteriores até o fechamento da sessão regular desta segunda-feira (8) cuja agenda e noticiários com poucos destaques deixaram o mercado à deriva, sem firmar tendência. O volume de contratos foi mais fraco. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (151.960 contratos) encerrou em 9,400%, de 9,395% no ajuste de sexta-feira, 5. O DI janeiro de 2019 (151 320 contratos) fechou com taxa de 9,27%, de 9,29% no último ajuste. A taxa do DI janeiro de 2021 (104.230 contratos) ficou estável em 9,95%.
As taxas oscilaram ao redor dos níveis da sexta-feira (5) desde a parte da manhã, em meio à expectativa positiva com a votação dos destaques da reforma da Previdência amanhã na comissão especial da Câmara e também na espera do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril na quarta-feira (10). O dólar, que esteve em alta firme durante todo o dia, exerceu alguma influência nas taxas que, contudo, não acompanharam a pressão do câmbio na mesma magnitude.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, disse não ter dúvida de que a proposta com os destaques passará pela Comissão. "Agora, o Plenário da Câmara é uma discussão à parte, é um tanto quanto mais difícil. Tenho confiança de que nós a aprovaremos, mas isso exigirá um esforço maior de todos nós", afirmou o ministro.
O resultado da eleição na França, vetor que poderia definir alguma trajetória para as taxas, acabou sendo um não evento, uma vez que a vitória do candidato de centro, Emmanuel Macron, já havia sido antecipada pelas pesquisas de intenção de votos e precificada pelo mercado. No entanto, acabou servindo de justificativa para uma realização de lucros em alguns ativos, como o dólar no exterior. O ex-ministro da Economia de tendência social-liberal venceu a nacionalista Marine Le Pen com 65,8% dos votos contra 34,2%, e assumirá o Palácio do Eliseu na próxima semana.
Antes da abertura, o Boletim Focus mostrou queda marginal na mediana das estimativas para o IPCA 2017, de 4,03% para 4,01%, mas, em contrapartida, a mediana para 2018 avançou, de 4,30% para 4,39%. Houve piora ainda na inflação suavizada para os próximos 12 meses, 4,64% para 4,72%.