A inflação acumulada em doze meses no Brasil continua em queda, a 3,60% em maio, seu menor patamar desde 2007.
O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em doze meses passou de 4,08% em abril para 3,60% em maio, informou nessa sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa redução acontece apesar de o aumento de preços em maio ter sido de 0,31% em relação a abril, quando o IPCA tinha subido apenas 0,14%. Os economistas consultados pelo jornal Valor Econômico esperavam em média um aumento de 0,46%.
Trata-se, assim, do mês de maio com a menor inflação desde 2007, informou o IBGE. Em maio de 2016, a alta havia sido de 0,78%.
Nos primeiros cinco meses do ano, o IPCA teve um aumento de 1,42%, bem inferior aos 4,05% do mesmo período de 2016 e o mais baixo do período janeiro-maio desde o ano 2000.
O mercado prevê um aumento de preços de 3,90% neste ano e de 4,40% em 2018, abaixo do centro da meta oficial, de 4,50%, segundo o último relatório semanal Focus do Banco Central (Bacen).
O Brasil sai de um processo que combinou recessão e altos índices inflacionários. O IPCA aumentou 10,67% em 2015 e 6,20% em 2016.
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Isso permitiu ao Bacen iniciar um ciclo de cortes da taxa de juros, o principal instrumento para controlar a inflação, diminuindo de 14,25% em outubro do ano passado para 10,25%.
Na semana passada, contudo, o Bacen alertou que moderará esse processo por conta das "incertezas" em torno das reformas pró-mercado, em um ambiente de grave crise política, em meio a denúncias de corrupção contra o presidente conservador Michel Temer.