A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) distribuiu na tarde deste domingo (23) patos infláveis para os pedestres na Avenida Paulista, que fica fechada para carros aos domingos. A ação ocorreu no mesmo dia em que o presidente da entidade, Paulo Skaf, se reuniu fora da agenda oficial com o presidente Michel Temer, em sua residência em São Paulo.
Os bonecos de plástico são uma alusão à retomada da campanha "Não vou pagar o pato", que havia sido lançada pela Fiesp em 2015. A ação de marketing contrária ao aumento de impostos foi retomada na semana em que o governo federal anunciou o reajuste da contribuição do PIS/Cofins para os combustíveis, uma medida para tentar conter o rombo fiscal.
Semana passada, após o aumento de impostos, Skaf disse que houve um erro de Temer em aprovar o aumento da carga tributária, mas que o governo não vai perder a credibilidade por causa de apenas uma medida.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deixou já no começo da noite a residência de Temer, onde ficou por cerca de duas horas. No período em que o ministro permaneceu na casa estavam também o presidente da Federação das indústrias do estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, responsável pela defesa de Temer na denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por corrupção passiva.
Nem Meirelles nem Skaf quiseram falar com a imprensa ao deixar a residência do presidente.
Temer permaneceu em casa durante todo o dia. Pelo local passou também o economista e ex-ministro da Fazenda, Delfim Neto. Os encontros aconteceram fora da agenda oficial do presidente, que não previa compromissos neste domingo.