A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13% no segundo trimestre deste ano, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número corresponde a 13,5 milhões de brasileiros em idade de trabalhar. Essa é a primeira queda desde o fim de 2014, quando a economia do Brasil ainda não havia entrado em recessão. Nessa época, por sinal, o desemprego atingia apenas 6,8% dos brasileiros.
O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 13,10% e 13,60%, com mediana de 13,3%. Em igual período de 2016, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,3%.
No primeiro trimestre de 2017, o resultado ficou em 13,7%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.104,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 185,1 bilhões no segundo trimestre.
O mercado de trabalho no País perdeu 1,093 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3,2% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE.
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o contingente de trabalhadores formais está no patamar mais baixo da série histórica, totalizando 33,331 milhões de pessoas.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,4%, com 540 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 13,1% ante o segundo trimestre de 2016, com 484 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria encolheu 1,8% no período, com 415 mil pessoas a menos nessa condição.
Houve redução ainda de 122 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar cresceu 2%, com 43 mil ocupados a mais.