Faturamento da indústria acumula queda de 5,9% no primeiro semestre

As horas trabalhadas na produção industrial recuaram 3,3%, o emprego teve queda de 3,9% e a massa real de salários encolheu 3,5%, segundo a CNI
Agência Brasil
Publicado em 01/08/2017 às 13:09
As horas trabalhadas na produção industrial recuaram 3,3%, o emprego teve queda de 3,9% e a massa real de salários encolheu 3,5%, segundo a CNI Foto: Foto: Agência Brasil


O faturamento industrial acumulado no primeiro semestre de 2017 é 5,9% menor que o registrado no mesmo período de 2016, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na produção recuaram 3,3%, o emprego teve queda de 3,9% e a massa real de salários encolheu 3,5%. Já o rendimento médio real do trabalhador subiu 0,5%, especialmente por causa da queda da inflação.

“Embora o prolongado período de queda da atividade e de piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não mostram recuperação”, informou a CNI, na pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (1º).

Os dados apontam que o segundo trimestre deste ano foi caraterizado pela oscilação da atividade e do emprego. Segundo a CNI, em abril, os dados foram majoritariamente negativos; maio havia revertido esse desempenho; e junho encerra o trimestre com queda do faturamento, horas trabalhadas, utilização da capacidade instalada e do emprego. Rendimento e massa salarial em termos reais, por outro lado, cresceram durante todo o trimestre, como resultado da queda da inflação.

“Essa oscilação faz com que a atividade industrial e o emprego mantenham-se em patamares inferiores ao já fraco ano de 2016”, diz a pesquisa.

Indicadores de junho

Segundo a CNI, o faturamento da indústria brasileira caiu 2,4% e as horas trabalhadas na produção tiveram uma queda de 1,3% em junho na comparação com maio, nas séries livres de influências sazonais.

De acordo com a pesquisa, o emprego na indústria diminuiu 0,2%. Por outro lado, a massa real de salários subiu 0,7% e o rendimento médio real do trabalhador aumentou 1,6% em junho frente a maio, na série de dados dessazonalizados.

A utilização da capacidade instalada em junho deste ano ficou em 77%, abaixo dos 77,3% registrados no mesmo mês de 2016, considerando os dados dessazonalizados. Com isso, a ociosidade da indústria subiu para 23%.

Também foi divulgada hoje a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam crescimento da produção industrial de 0,5% no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação dos últimos 12 meses, foi registrada queda de 1,9% em junho.

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