A taxa composta de subutilização da força de trabalho recuou de 24,1% no primeiro trimestre de 2017 para 23,8% no segundo trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados nesta quinta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 26,3 milhões de pessoas no País no segundo trimestre. No primeiro trimestre, eram 26,5 milhões nessa condição. Embora tenha recuado o total de desocupados, houve aumento no montante de trabalhadores subocupados.
"A subocupação subiu e a desocupação caiu. Ou seja, o mercado contratou mais pessoas subocupadas", resumiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.
No segundo trimestre do ano passado, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa em 20,9%, faltava trabalho para 22,7 milhões de pessoas.
Já a taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 18,6% no segundo trimestre de 2017. No trimestre imediatamente anterior, o indicador tinha ficado em 18,8%.
O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior, somadas às pessoas desocupadas.
Já a taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial - que abrange as pessoas que gostariam de trabalhar mas não procuraram trabalho, ou que procuraram mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial) - foi de 18,5% no segundo trimestre de 2017, abaixo dos 19,3% registrados no primeiro trimestre do ano.