Marmita ganha força e vira negócio

De olho em um público que quer uma alimentação mais saudável e caseira, empresários investem no serviço diferenciado
Luiza Freitas
Publicado em 15/10/2017 às 15:26
De olho em um público que quer uma alimentação mais saudável e caseira, empresários investem no serviço diferenciado Foto: Foto: André Nery/ Divulgação


A busca por hábitos mais saudáveis e a necessidade de encaixar essas práticas em rotinas diárias cada vez mais exaustivas são as principais motivações para a demanda crescente por uma alimentação balanceada e prática. Para alguns, a melhor saída tem sido a retomada das marmitas. E aí entra a oportunidade de empreender. De olho em tantos que não têm habilidades na cozinha, surgem diversos pequenos negócios de entrega de quentinhas feitas com ingredientes pouco calóricos. Oferecendo preços variados e soluções inovadoras, empreendedores do Recife apostam que a preocupação com a saúde não é tendência, veio para ficar.

Ana Cristina, da Daily Light, já emprega dez pessoas com o serviço (Foto: Divulgação)

Essa tem sido a aposta da Daily Light, que há um ano oferece o serviço de entrega de dietas especiais. “É um mercado muito bom. Já conseguimos crescimento de até 40% nesse período e acho que ainda tem muito para crescer. Há vários segmentos a serem explorados”, avalia a empresária Ana Cristina Carvalho, que conta com a ajuda profissional do chef de cozinha Leandro Ricardo. Ela investiu R$ 200 mil no negócio, cujo retorno veio em seis meses de funcionamento. A ideia nasceu com foco na produção de dietas restritivas prescritas por médicos e nutricionistas, oferecendo refeições gostosas e saudáveis para pessoas que não têm habilidade ou disponibilidade para cozinhar por conta própria.

Hoje com dez funcionários, a marca passou a oferecer também cardápios não personalizados para os segmentos “fitness” (para quem pratica esportes), gestantes e clássico, para dietas básicas. São produzidos uma média de 150 pratos por dia, com valores a partir de R$ 18.

PRATICIDADE

A mudança no comportamento das pessoas em relação à alimentação do dia-a-dia e a dificuldade delas em encontrar produtos que as agradassem também foram percebidas pela empresária Karina Reis há cerca de um ano, quando começou a desenvolver sua marca de alimentos funcionais, a Noops, junto a outros dois sócios. “Víamos que as pessoas, quando queriam comer algo mais saudável, tinham opções muito restritas e engessadas, então pensamos em desenvolver um produto que fosse prático, mas ao mesmo tempo flexível”, explica Karina.

 

Diferencial da Noops são os produtos embalados a vácuo que podem ser esquentados na própria embalagem (Foto: Divulgação)

A marca oferece refeições funcionais nas quais a proteína e os acompanhamentos, cada um com 100 gramas, são embalados separadamente à vácuo, permitindo uma maior possibilidade de combinações. Na hora de consumir, o trio de produtos – que sai a partir de R$ 15,9 – pode ser esquentado e consumido na própria embalagem. Em funcionamento há quatro meses, a empresa produz 1.500 porções por semana e emprega sete pessoas. “Não existe mar de rosas para quem está começando. Como é uma empresa nova, as pessoas sentem a necessidade de experimentar várias vezes antes de fidelizar. Mas estamos tendo respostas muito boas e conseguindo um bom desempenho”, afirma a empresária.

VARIEDADE

Já as sócias Renata Burle e Marina Lundgren perceberam a demanda a partir da própria rotina, já que ambas cultivam o hábito da prática de exercícios aliada à uma alimentação balanceada. “Muita gente quer ter essa segurança de uma alimentação saudável, feita em casa, mas chega em casa muito cansada, depois de um dia inteiro de trabalho e não tem disposição de cozinhar, não gosta de cozinhar”, observa Renata, sócia da Manon, cujo lançamento oficial será no próximo dia 19, mas já está em funcionamento.

Renata Burle e Marina Lundgren lançam oficialmente a marca no próximo dia 19 (Foto: André Nery/ Divulgação)

O diferencial da marca é oferecer, além das refeições principais, lanches pouco calóricos, como o brownie feito a partir de biomassa de banana, que custa R$ 4,9. O serviço é feito no formato de delivery programado através de pedidos feitos com pelo menos 48h de antecedência. Neste início, o funcionamento está concentrado em três funcionários que produzem uma média de cem pratos por dia.

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