O dólar abriu em alta ante o real nesta sexta-feira (21), alinhado ao exterior. Pouco depois, entretanto, a moeda passou a cair e retomou a jornada de enfraquecimento no mercado doméstico observada nos últimos dias. A virada aconteceu em meio a uma percepção um pouco mais positiva e de alguma previsibilidade na cena eleitoral por parte de agentes do mercado. Na mínima, o dólar à vista foi a R$ 4,0597 (-0,35%). No exterior, a moeda americana sobe ante a maioria das emergentes e desenvolvidas.
Na avaliação de um operador de câmbio, o debate dos presidenciáveis dessa quinta-feira (20), na TV Aparecida confirmou a "inércia da esquerda", que segue fragmentada na avaliação do profissional. Para ele, a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), que continua hospitalizado em São Paulo sem previsão de alta, segue em consolidação.
Além disso, diz o operador, Bolsonaro dá sinais de que ainda está no comando da campanha. Um exemplo disso é o fato de o economista Paulo Guedes ter cancelado três compromissos públicos em menos de 24 horas. Guedes desmarcou a presença em evento da CSHG, da Amcham e da XP Investimentos entre quinta-feira e hoje, após a polêmica que causou falando que vai criar uma nova CPMF e mudar o Imposto de Renda.
No mercado de juros, as taxas caem tendo como principal influência o resultado do IPCA-15 de setembro mais fraco que a mediana das projeções de especialistas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,09% em setembro, após ter avançado 0,13% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Às 9h37 desta sexta-feira, o dólar à vista recuava 0,26% aos R$ 4,0632. O contrato futuro para outubro perdia 0,34% aos R$ 4,0650. O Dollar Index (DXY) subia 0,22% neste mesmo horário.