Inflação de agosto fica em alta de 0,11% no Brasil, diz IBGE; no Recife, 0,10%

No Recife, a inflação medida pelo IPCA encerrou agosto com com alta de 0,1%, segundo o IBGE
JC Online com Estadão Conteúdo
Publicado em 06/09/2019 às 9:57
No Recife, a inflação medida pelo IPCA encerrou agosto com com alta de 0,1%, segundo o IBGE Foto: Foto: ABr


A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,11%, ante um avanço de 0,19% em julho, informou nesta sexta-feira, 6, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou levemente acima da mediana das estimativas (+0,10%), calculada pelo Projeções Broadcast a partir do intervalo, que ia de 0,07% a 0,24%. A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,54%, segundo o IBGE. O IPCA em 12 meses ficou em 3,43%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 3,39% a 3,52%, com mediana de 3,42%.

Recife

No Recife, a inflação medida pelo IPCA encerrou agosto com com alta de 0,1%, segundo o IBGE. O órgão informou também que a taxa acumulada pela inflação no ano na cidade foi de 2,74%, maior que o índice nacional. O IPCA em 12 meses ficou em 3,20%.

QUEDA NOS ALIMENTOS E TRANSPORTES

Três entre nove grupos do IPCA registraram deflação em agosto. Os destaques foram as quedas de 0,35% nos custos com Alimentação e Bebidas e de 0,39% nas despesas com Transportes.

Os gastos com Saúde e Cuidados pessoais diminuíram 0,03%. Houve desaceleração no ritmo de alta do plano de saúde, de 0,79% em julho para 0,03% em agosto, enquanto o item higiene pessoal teve recuo de 0,75%, embora menos intensa do que no mês anterior, quando caiu 2,01%.

Na direção contrária, as despesas aumentaram nos grupos Habitação (1,19%), Vestuário (0,23%), Artigos de Residência (0,56%), Despesas Pessoais (0,31%), Educação (0,16%) e Comunicação (0,09%).

PASSAGENS CAEM

As passagens aéreas pesaram menos no bolso das famílias em agosto, com redução de 15,66% nas tarifas. O item teve o impacto negativo mais intenso na inflação do mês, -0,08 ponto porcentual, ao lado do tomate (queda de 24,49% e contribuição também de -0,08 ponto porcentual).

As passagens aéreas vinham de altas intensas nos dois meses anteriores: 18,90% em junho e 18,63% em julho.

"É normal ter queda nas passagens aéreas em agosto. Você tem uma base mais alta por conta das férias de julho, então em agosto tem essa queda", justificou Pedro Kislanov da Costa, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

O grupo Transportes saiu de uma redução de 0,17% em julho para queda de 0,39% em agosto. A contribuição do grupo para a inflação passou de -0,03 ponto porcentual para -0,07 ponto porcentual no período.

Os combustíveis tiveram ligeira alta de 0,01% em agosto. A gasolina ficou 0,45% mais barata, enquanto o óleo diesel caiu 0,76%. Já o etanol subiu 2,30% em agosto.

Ainda em Transportes, o ônibus intermunicipal aumentou 0,38%, puxado pelo reajuste médio de 4,48% nas passagens intermunicipais de longo curso em Porto Alegre a partir de 1º de agosto.

ENERGIA SOBE

A tarifa de energia elétrica teve uma alta de 3,85% em agosto, após já ter aumentado 4,48% em julho. O item deu a maior contribuição para a inflação do mês, 0,15 ponto porcentual.

"Teve uma mudança de bandeira tarifária, era amarela em julho, e agora tem a bandeira vermelha patamar 1 em agosto, isso acabou pesando", explicou Pedro Kislanov da Costa, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

A bandeira tarifária mudou de amarela em julho, onerando as contas de luz em R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, para a bandeira vermelha patamar 1 em agosto, com cobrança adicional de R$ 4,00 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

À exceção de Vitória (-8,64%) e Salvador (-1,37%), todas as demais regiões pesquisadas apresentaram alta na energia elétrica Em Vitória, houve redução de 6,48% no valor das tarifas a partir de 7 de agosto. Em Salvador, houve redução da alíquota de PIS/Cofins.

O gasto das famílias com Habitação subiu 1,19% em agosto, respondendo por uma contribuição de 0,19 ponto porcentual para o IPCA.

O gás encanado subiu 0,46% em agosto, em consequência do reajuste de 0,99% nas tarifas do Rio de Janeiro no início do mês Já o gás de botijão ficou 0,93% mais barato, depois que a Petrobras anunciou uma redução de 8,17% no preço do botijão de gás de 13 kg nas refinarias, a partir de 5 de agosto.

A taxa de água e esgoto aumentou 1,34%, devido a reajustes em Goiânia, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória e Recife.

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