DÍVIDAS

Brasileiro está perdendo o sono por causa de dívidas, indica pesquisa

Estudo mostrou que 39% dos entrevistados perdem o sono quando se endividam

JC Online com agências
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Publicado em 23/01/2020 às 18:48
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Estudo mostrou que 39% dos entrevistados perdem o sono quando se endividam - FOTO: Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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Aproximadamente 61 milhões de brasileiros estão com as contas em atraso. Para muitos deles, o endividamento está causando baixa produtividade no trabalho, impacto na autoestima e até perda de sono. É o que mostra um levantamento encomendado pela plataforma online de crédito Creditas ao Ibope Inteligência.

De acordo com a pesquisa, 39% das pessoas dizem que ter dívidas significa perder o sono, enquanto 27% afirmam que dever causa impacto na autoestima e 44% assumem ter vergonha de se endividar. Foram ouvidas mil pessoas entre homens e mulheres acima de 18 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões do Brasil.

O estudo mostra também que 37% dos que têm muitas dívidas buscam um novo emprego para pagar as contas, enquanto 32% fazem trabalho extra para complementar a renda. Outros 19% dizem que produzem menos no trabalho quando estão endividados. 

Brasil tem 61 milhões de endividados

O número de brasileiros endividados teve uma leve retração, apenas 0,2%, em dezembro de 2019, comparado ao mesmo período de 2018. Mesmo assim 61 milhões de pessoas entraram 2020 no vermelho e estão com o CPF restrito para contratar crédito. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O levantamento mostra que, em média, o consumidor inadimplente deve R$ 3.257,91. No entanto, 52,8% têm dívidas de até R$ 1 mil e 47,2% possuem contas em atraso acima desse valor. O estudo revela que, de modo geral, o número de dívidas teve recuo de 3,3% maior do que em 2018.

Quando analisados por região, os dados revelam que o Nordeste apresentou a queda mais expressiva na quantidade de inadimplentes: -3,2% na comparação entre dezembro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior.

Em dezembro de 2019, a retração mais expressiva da inadimplência aconteceu entre as dívidas do setor de comunicação: contas de telefonia, internet e TV por assinatura. A redução foi de 16,4%. As dívidas bancárias, que levam em conta cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, caíram apenas 1,9%. Já o as dívidas contraídas no comércio via crediário subiram 0,9%, justo no período que o setor mais fatura com as vendas de fim de ano. Enquanto isso, as pendências básicas com água e luz cresceram 2,1%.

Dicas para cuidar das finanças

O Serasa Ensina listou algumas dicas para quem precisa sair do vermelho. Confira abaixo:

1 – Anote tudo
Para ter o controle das contas, lembre-se de anotar todos os gastos. Assim, você saberá exatamente para onde o seu dinheiro está indo. Outro ponto é não se perder em meio a vários pagamentos.

2 – Organize o orçamento
Uma atitude fundamental para livrar das dívidas é organizar o orçamento. Você pode usar um aplicativo de telefone, uma planilha do computador ou mesmo um caderno. O importante é anotar todo o dinheiro que você recebe no mês e todos os gastos.

3 – Converse com a família
É muito importante envolver a família na organização do orçamento e no processo de acabar com as dívidas. Cada membro da sua casa pode ajudar com idéias para diminuir as contas ou conseguir mais dinheiro, com um trabalho extra ou venda de itens que vocês não usam mais.

4 – Corte gastos desnecessários
O estilo de vida e as necessidades de cada família vão indicar quais gastos podem ser cortados. Mas não se esqueça de que para sair das dívidas, você terá que fazer um esforço.

5 – Negocie com os credores
Com o orçamento em ordem e com as economias de corte de gastos ou renda extra, procure os seus credores. Com dinheiro na mão é mais fácil negociar e conseguir desconto.

6 – Priorize as dívidas com maior juros
O importante é dar prioridade para as dívidas que têm os maiores juros para não virar uma bola de neve.

7 – Pesquise antes de comprar
Pesquisar antes de comprar qualquer produto é a garantia de que você vai encontrar o melhor preço.

Educação financeira precisa começar cedo

Aquela história dos pais falarem "compro quando a gente voltar" como fuga para explicar aos filhos que não têm dinheiro para tal aquisição precisa mudar. Discutir orçamento financeiro, de onde vem e para onde vai o dinheiro e a importância de poupar para poder realizar desejos e sonhos é necessário. Para especialistas em finanças pessoais, a educação financeira precisa começar cedo para as crianças se tornarem adultos que usam dinheiro de forma responsável. Veja as dicas para incentivar educação financeira de crianças e adolescentes.

 

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