A tensão no exterior abriu caminho para o fortalecimento quase generalizado do dólar ante divisas de mercados emergentes. O principal fator para o movimento, que ganhou força ao longo desta terça-feira (13) foi a acentuada queda do petróleo, depois que a Agência Internacional de Energia (AIE) informou a redução de suas previsões de demanda global por petróleo em 2016 e no próximo ano. Também foi relatada alguma cautela nas mesas de operações com a possibilidade de redução de liquidez internacional nos próximos meses.
No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou aos R$ 3,3154, em alta de 2,05%, maior nível desde 7 de julho, quando terminou em R$ 3,3617. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,314 bilhão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou aos R$ 3,3300, em alta de 2,04%. O volume foi de US$ 19,207 bilhões.
Apesar de seguir na mesma direção que o exterior, a alta do dólar foi mais acentuada ante o real. De acordo com Daniel Cunha, estrategista da XP Investimentos em Nova York, o real tem uma especificidade que é a atuação do Banco Central com leilões de swap cambial reverso. "A particularidade acaba fazendo a moeda descolar perante os pares", acrescentou.
O Banco Central tem executado leilões diários de swap cambial reverso de até 10 mil contratos. Mas, nesta terça-feira após fechamento do pregão, anunciou um leilão para esta quarta-feira com redução da oferta para até 5 mil contratos.