A dor nas costas é a doença que mais afasta trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias. Só em 2016, 116.371 profissionais precisaram se ausentar do trabalho por, no mínimo, duas semana em razão dessa enfermidade. Essa informação foi divulgada no ranking de auxílios-doença divulgado pelo INSS.
Segundo o Ministério do Trabalho, não são as atividades pesadas que mais afastam os trabalhadores com dores nas costas, e sim o serviço público, onde há um grande número de profissionais desempenhando funções repetitivas. A segunda razão que mais levou ao afastamento foram as fraturas de perna e tornozelo, seguidas das de punho e mão. Essas atividades estão associadas ao comércio varejista, em especial supermercados, seguidos dos ramos hospitalar, de construção de edifícios e transporte rodoviário de cargas.
A coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Ministério do Trabalho, Viviane Forte, diz que que nessas atividades consideradas mais leves, as dores nas costas são menos evidentes do que na construção civil, por exemplo, porém também são graves. “No comércio, a dorsalgia é comum nas pessoas que trabalham como estoquistas, porque elas levantam caixas, fazem movimentos de agachar e levantar e acabam não prestando atenção na postura. Esse mesmo descuido ocorre com quem trabalha em escritório por muito tempo sentado na mesma posição”, explica.
Categoria Frequência
Dorsalgia 116.371
Fratura da perna, incluindo tornozelo 108.727
Fratura ao nível do punho e da mão 93.507
Fratura do antebraço 74.322
Fratura do pé (exceto do tornozelo) 70.383