Proximidade da operação encerra greve na Refinaria Abreu e Lima

Petrobras e empresas construtoras avançaram nas negociações para acelerar a obra
Da editoria de economia
Publicado em 13/08/2014 às 8:00
Petrobras e empresas construtoras avançaram nas negociações para acelerar a obra Foto: Igo Bione/JC Imagem


Dois dos maiores empreendimentos em implantação em Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e a PetroquímicaSuape (PQS) terão suas obras retomadas nesta quarta-feira (13), com o fim da greve dos 40 mil trabalhadores, deflagrada na última quinta-feira. Às vésperas do início da operação da Rnest, com previsão de ser inaugurada no dia 4 de novembro, a Petrobras e as empresas construtoras decidiram avançar nas negociações e fechar um acordo para não comprometer o andamento da construção. As duas obras representam investimento de R$ 50 bilhões, no Complexo de Suape.

Os funcionários encerraram o período de data-base garantindo conquistas importantes, a exemplo do pagamento de adicional de periculosidade de 30%. Em assembleia realizada na terça-feira (12), os operários aprovaram a proposta das empresas, que ofereceram reajuste salarial de 9% e R$ 40 de acréscimo no valor da cesta básica (subindo de R$ 310 para R$ 350).

A Rnest já está em fase de teste das unidades de produção. Essa foi a justificativa do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE) para reivindicar o pagamento do adicional de periculosidade, que já estava sendo pago por alguns consórcios. Pelo acordo, o adicional será pago a partir de setembro.
“Nossa vitória aconteceu na base do diálogo, foi um movimento pacifico, sem necessidade de protestos e radicalização. Foi uma conquista histórica para os trabalhadores de Suape”, diz o diretor de fiscalização do Sintepav, Leodelson Bastos, lembrando os constantes conflitos em Suape.

As campanhas salariais da categoria costumam ser tensas no Complexo de Suape. Em 2012 a região virou palco de violência, com ônibus incendiados, prisões e violência policial. Esse ano Suape também assistiu a movimentos violentos, quando empresas fornecedoras da Petrobras, a exemplo da Jaraguá e da Fidens-Milplan deixaram a obra da refinaria devendo salários e pagamento de rescisões aos funcionários.

PROPOSTAS

Ontem à tarde, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representa as empresas e consórcios da obra da Petrobras, voltaram a se reunir e avançaram na proposta. A primeira oferta dos patrões tinha sido um reajuste de 7,5%, um aumento de R$ 10 no valor da cesta básica e nenhuma proposta sobre o adicional de periculosidade. Depois as empresas melhoraram a proposta para reajuste salarial de 8% e R$ 20 de acréscimo na cesta. Ontem melhoraram a proposta para 9% e R$ 40 de aumento da cesta. O pleito inicial dos trabalhadores era um reajuste de 13% e R$ 98 de elevação na cesta (de R$ 310 para R$ 408).

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