Licitação do Ramal do Agreste é suspensa

 A licitação do Ramal do Agreste foi suspensa pelo governo federal que teve que fazer alguns ajustes no edital lançado em abril último. O Ramal do Agreste vai receber as água da Transposição do Rio São Francisco, ligando Sertânia a Arcoverde, ambas no Sertão. Em Arcoverde, começa a Adutora do Agreste que está com as obras suspensas devido à diminuição de repasse dos recursos da União. A adutora é executada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A estatal esperava receber R$ 52 milhões do governo federal para continuar as obras da adutora. Chegaram apenas R$ 25 milhões.
Com a diminuição nos repasses dos recursos, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, enviou três correspondências (em maio, junho e julho) ao Ministério da Integração Nacional pedindo informações sobre quando o restante dos recursos seria liberado. “Não recebi nem resposta”, conta.
Na opinião de Tavares, tão complicado quanto a diminuição do repasse dos recursos é a falta de informação sobre as futuras liberações. “Isso nos deixa sem previsibilidade para fazer o pagamento das empresas. Se essa obra não sair, essas cidades estarão condenadas a viver como nos últimos 100 anos, sujeitas ao regime de chuvas”, lamenta. Inteira, a adutora beneficiará 68 cidades. Ao ser questionado se a diminuição dos repasses pode ter alguma motivação política, Tavares responde: não sei. O ex-governador Eduardo Campos fazia oposição a Dilma Rousseff.
A assessoria de imprensa do Ministério da Integração Nacional informou que os repasses para a Adutora do Agreste estão “sendo efetuados de acordo com a execução da obra pelo Estado”. Foram repassados R$ 326,9 milhões da União para o empreendimento. Já com relação ao Ramal do Agreste, a previsão é que o edital para contratação das obras seja relançado em setembro.