Navio trazendo petróleo da refinaria atraca amanhã em Suape

Embarcação Elka Aristotle vai trazer óleo bruto de Guamaré, no Rio Grande do Norte
Adriana Guarda
Publicado em 03/09/2014 às 8:00
Embarcação Elka Aristotle vai trazer óleo bruto de Guamaré, no Rio Grande do Norte Foto: Reprodução/Internet


Atraca amanhã (04/09) no Porto de Suape o navio de bandeira grega Elka Aristotle, carregando petróleo de Guamaré (no Rio Grande do Norte) para iniciar os testes de processamento na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. A embarcação está ancorada em Suape desse a última segunda-feira e a previsão é que atraque no píer de granéis líquidos (PGL 3A) às 10h de amanhã. O navio tanque chega carregado com 60 mil toneladas de óleo bruto, além de 6 mil toneladas de um blend (mistura) de petróleos.

A chegada do petroleiro vai marcar o início dos testes com petróleo na Rnest, que tem previsão de começar a operar oficialmente no início de novembro. A Abreu e Lima tem capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia, que serão destinados à produção de óleo diesel (70%), gasolina, nafta, querosene, coque e gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha). Em novembro, a unidade de refino dá o start na operação do primeiro trem (metade do complexo) e em maio de 2015 está previsto o funcionamento do segundo trem.

Como ainda se trata de um teste, a Petrobras está trazendo um pequeno volume de óleo cru, num petroleiro menor que um suezmax com capacidade para transportar um milhão de barris (metade da produção brasileira atual. Um suezmax tem 274 metros de comprimento (o equivalente a dois campos oficiais de futebol), enquanto o Elka Aristotle tem 228 metros. O suezmax tem um calado (profundidade) de 17 metros, enquanto o Elka tem 10,2 metros.

Quando estiver em operação comercial, a refinaria vai precisar de um calado de 20 metros para receber petroleiros de grande porte. Apesar das obras de infraestrutura realizadas em Suape para atender à Rnest, a conclusão de uma das principais intervenções ainda está pendente. Trata-se da dragagem do canal de acesso, que permite a navegação e atracação desses grandes petroleiros.

A obra esbarrou num problema técnico e financeiro. A presença de rochas no fundo do mar que precisavam ser implodidas aumentaram o custo da dragagem e o complemento dos recursos ainda está em discussão na Secretaria Especial de Portos, em Brasília.

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