Emissão desenfreada de carbono pode aumentar gastos com energia

Estudo aponta que, em 2030, caso a emissão não diminua, conta de energia poderá aumentar 63,5%
Da editoria de economia
Publicado em 23/10/2014 às 9:00


“Descobrimos que, se nada for feito, em 2030, os gastos com energia vão subir 80%.” A afirmação do gerente de mudanças climáticas do Iclei (sigla em inglês para Governos Locais pela Sustentabilidade, organismo vinculado à ONU Habitat), Igor Albuquerque, refere-se à análise de um projeto que estuda as mudanças climáticas no Recife. Na manhã de ontem, o workshop Construindo uma Visão de Baixo Carbono para o Recife foi apresentado no Forte das Cinco Pontas, no Centro da capital.

No encontro, foi apresentada a projeção das emissões de gases do efeito estufa decorrentes do consumo de energia elétrica, da geração de resíduos sólidos e do aumento da frota de veículos. Em 2030, o consumo de energia poderá aumentar 63,5% e a despesa, 126,7%.

O relatório foi realizado pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, e aponta os efeitos do impacto da adoção de uma política de baixo carbono nas áreas de transporte, eficiência energética e construção civil. “Não podemos parar de produzir economicamente, afinal, haverá um impacto negativo na cidade. Mas, a longo prazo, teremos de arcar com as consequências de uma emissão desenfreada de carbono. Então, a ideia é gerar riqueza propondo a mínima emissão possível”, diz Albuquerque.

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