A Refinaria Abreu e Lima (Rnest) está contribuindo para o crescimento da movimentação de cargas no Porto de Suape. Apesar de não estar operando na sua capacidade total, a unidade de refino colocou Suape na liderança nacional na movimentação de granéis líquidos (petróleo e derivados), ultrapassando inclusive o Porto de Santos. De janeiro a setembro deste ano, os granéis líquidos apresentaram crescimento de 61% na comparação com igual período de 2014, totalizando 9,2 milhões de toneladas. A movimentação total nos nove primeiros meses do ano avançou 33,9%, alcançando 14,8 milhões de toneladas.
Com o resultado, Suape mantém a liderança na movimentação geral de cargas entre os 17 portos públicos das regiões Norte e Nordeste, a frente de terminais importantes como Itaqui (MA), que movimentou 14,4 milhões de toneladas, e Vila do Conde (PA) com 11,4 milhões. Nos granéis líquidos, o Porto de Suape superou outros 37 terminais públicos do País.
“Os sucessivos recordes de movimentação confirmam a vocação de Suape como porto concentrador e distribuidor de cargas (hub port) para os portos brasileiros. Apesar do cenário econômico desafiador do Brasil, Suape apresenta um crescimento consistente e nossa expectativa é encerrar o ano com um aumento de cerca de 30%”, estima o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo de Suape, Thiago Norões.
Em função da falta de licenças ambientais para operar a primeira etapa da refinaria em sua plenitude, a Rnest está processando 74% da capacidade do primeiro trem. De acordo com informações da Petrobras, a construção do segundo trem só será retomada em 2017 com previsão de entrar em funcionamento no final de 2018. Nos granéis líquidos, os produtos com maiores volumes foram óleo diesel (2,67 milhões de toneladas), óleo bruto de petróleo (2,13 milhões), óleo combustível (1,8 milhão), GLP (1,54 milhão) e querosene de aviação (899,3 mil).
O Porto de Suape também comemora o aumento na movimentação de contêineres e de cabotagem. Na cabotagem houve um aumento de 57,2% no período analisado. Santos ficou em segundo lugar nesse tipo de navegação, com 8,6 milhões de toneladas. Os principais destinos da carga foram Fortaleza (CE), Manaus (AM), Itaqui (MA), Salvador (BA) e Santos (SP), e as mercadorias mais movimentadas por cabotagem foram óleo bruto de petróleo, óleo diesel, óleo combustível, GLP e querosene de aviação.