Empresários da indústria estão pessimistas sobre volume de produção e empregos no setor

Expectativas para os próximos seis meses também não são otimistas
Da editoria de economia
Publicado em 09/03/2016 às 7:00
Expectativas para os próximos seis meses também não são otimistas Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem


Os indicadores da indústria continuam em baixa no Brasil e no Estado. Na terça-feira (8) a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) divulgou o resultado da Sondagem Industrial de Janeiro, mostrando queda no volume de produção, na utilização da capacidade instalada e na evolução no número de empregados. As perspectivas para os próximos seis meses também não são otimistas. Os empresários estão pessimistas sobre crescimento da demanda por produto, número de empregados e compra de matéria-prima.

“A sondagem reflete a recessão pela qual o País e o Estado estão passando. A indústria foi um dos setores mais impactados pela desaceleração da economia. O IBGE divulgou uma queda de 3,8% no PIB brasileiro e a indústria contribuiu para essa retração, com uma taxa negativa de 6,2%. Quando se fala só da indústria da construção civil a queda chegou a 7,6% e para a indústria de transformação foi ainda maior, com taxa negativa de 9,7%. O governo do Estado ainda não divulgou o PIB local, mas a indústria vinha influenciando a redução da atividade produtiva”, destaca o analista de Economia e Negócio Internacional da Fiepe, Thiago Lima.

A Sondagem da Fiepe toma como base uma metodologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que considera o limite de 50 pontos para definir se o indicador é positivo é negativo. Acima de 50 é bom e abaixo é ruim.

Entre as empresas pesquisadas no Estado, em janeiro o indicador de volume de produção caiu de 42,8 em dezembro para 41,3 no mês seguinte. A evolução no número de empregados encolheu de 47,7 para 43,5 e a utilização da capacidade instalada de 41,3 para 37,7. Na sondagem das expectativas para os próximos seis meses, os industriais apostam numa redução da demanda de produto, com a pontuação caindo de 46,4 para 40,9 e a compra de matéria-prima de 43,7 para 38,2.

A única perspectiva positiva é para a quantidade exportada, que passou de 43 para 51,1 pontos. “Isso porque os empresários estão apostando no câmbio favorável, com expectativa de avanço nas vendas externas”, observa Thiago Lima.

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