Empresa pernambucana quer ser referência mundial em publicidade mobile

In Loco Media concorre direto com Google e Facebook nesse segmento, no qual tem tecnologia exclusiva
Emídia Felipe
Publicado em 09/05/2016 às 8:15
In Loco Media concorre direto com Google e Facebook nesse segmento, no qual tem tecnologia exclusiva Foto: Diego Nigro/JC Imagem


"Queremos ser o sistema operacional da computação ubíqua”, crava o empresário e desenvolvedor pernambucano André Ferraz, 24 anos, referindo-se à computação baseada na onipresença da tecnologia e da conectividade. Ferraz é CEO e co-fundador da In Loco Media, empresa que deve faturar R$ 50 milhões este ano e quer se tornar global até 2018. Assim como sua área de atuação, a startup também quer que sua solução de marketing, exclusiva em âmbito mundial, seja ubíqua – presente e conectada em todos os lugares o tempo todo.

Concorrendo diretamente com gigantes como Facebook e Google, o negócio da In Loco é vender publicidade em dispositivos móveis, adaptando a campanha de acordo com o local em que o consumidor está. Alguém passa por determinada loja e recebe um aviso de promoção, por exemplo, ainda que não tenha um aplicativo dessa empresa. Ferraz explica que o desafio tecnológico é o ambiente fechado, uma vez que nos abertos o GPS já funciona. 

A solução da In Loco usa um misto de recursos do celular do consumidor para descobrir seu deslocamento. Desde aplicativos instalados até dispositivos internos do celular, como o acelerômetro. “Conseguimos fazer automaticamente o que só seria possível com 400 milhões de beacons, ao custo de até US$ 8 bilhões”, explica o CEO. Beacons são pequenos aparelhos que podem ser espalhados em um ambiente para servir como uma espécie de sensor e interagir com smartphones.

O que o sistema dos pernambucanos faz é possível através de parcerias com desenvolvedores de aplicativos. Desse modo, ele atua através do app que já está com o consumidor, enviando a mensagem desejada, mesmo que não seja relacionada àquele app. Então, a In Loco paga uma comissão ao desenvolvedor por usar esse “canal”. 

ACELERAÇÃO - A marca de R$ 50 milhões em faturamento é muito distante da realidade do início do negócio, em 2011, quando a In Loco era um projeto de graduação no curso de Ciências da Computação da UFPE. No ano seguinte, o grupo Buscapé enxergou potencial na In Loco e aplicou uma grande soma – não revelada – para se tornar sócia no negócio. 

Se confirmados os R$ 50 milhões este ano, a In Loco fará cerca de R$ 1 milhão por funcionário anualmente. Mas a equipe está crescendo. Recentemente, havia 15 vagas abertas, principalmente no escritório do Recife (o outro é em São Paulo). “Os profissionais aqui em Pernambuco são muito talentosos. Mas há um certo represamento, as empresas do Estado não estão conseguindo trazer desafios à altura da qualificação das pessoas”, comenta André Ferraz. 

Contudo, a aceleração da In Loco não se dá apenas pelo investimento do Buscapé. Em dois anos, a startup quer abrir escritórios nos Estados Unidos, Europa, Ásia, Londres e Cingapura. “Tem que correr, né?”, brinca o CEO.

 

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