Há mais espécies de Mata Atlântica atualmente na área da montadora da Jeep e seu entorno do que há dois anos, quando a empresa iniciou o Projeto Biodiversidade Nosso Verde, que entre outras coisas, prevê o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. Foram replantadas 289 espécies nativas no local. Eram 175 antes da fábrica começar a iniciativa em junho de 2014. Instalada em Goiana, a unidade está numa área desmatada há pelo menos quatrocentos anos, quando grande parte da vegetação foi retirada para plantar cana-de-açúcar.
A ideia é as plantas formarem corredores verdes. “As áreas são pequenas, mas são fragmentos estratégicos para outros indivíduos da mesma espécie nascerem no local. O processo ecológico volta a ocorrer, dispersando as espécies e trazendo de volta alguns animais”, resume a bióloga Tássia de Sousa Pinheiro, que participou do projeto. As mudas plantadas saíram de um viveiro – instalado dentro da fábrica – que tem a capacidade de produzir até 22 mil mudas por trimestre.
SUSTENTÁVEL
A implantação de espécies nativas não é a única iniciativa ambiental que chama a atenção na montadora. Lá foi implantada uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) que consegue reutilizar 98% da água usada pela empresa. Dentre 177 fábricas que o grupo tem no mundo, a Jeep de Goiana apresenta o menor consumo de água e energia por carro produzido. “Não revelamos esse número por causa da concorrência”, diz o gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da FCA para a América Latina, Cristiano Felix. Desde que iniciou a produção comercial – em março do ano passado – foram produzidos 115 mil veículos até julho último. A expectativa é de que sejam fabricados 250 mil carros, anualmente, quando a fábrica atingir o seu pico. Cerca de 8 mil pessoas trabalham no parque fabril.