Aeroporto do Recife terá sócio privado em 2018

Participação de empresa privada será de até 49%; regras ainda não foram definidas
JC Online
Publicado em 17/03/2017 às 9:48
Participação de empresa privada será de até 49%; regras ainda não foram definidas Foto: Foto: Edmar Melo/JC Imagem


No dia em que o governo federal conseguiu privatizar quatro terminais aeroportuários, o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, afirmou, nessa quinta-feira (16), que o Aeroporto Internacional do Recife está entre os cinco terminais que devem passar a operar com participação da iniciativa privada. É uma futura concessão? “Não, porque a Infraero continuará sendo majoritária. A participação da empresa privada será de até 49%”, explica. Isso significa que a Infraero continuará majoritária. Hoje, a estatal é dona de 100% do terminal local. 

Os outros aeroportos que estarão entre os cinco são: Congonhas (São Paulo), Santos Dumont (Rio de Janeiro), Manaus (Amazonas) e Curitiba (Paraná). Eles fazem parte de uma lista de 20 aeroportos que passarão a ser administrados da mesma maneira. “O valor do aeroporto do Recife está sendo levantado. A previsão é dele estar operando com 49% de participação privada em 2018”, disse. O terminal recifense é um dos mais rentáveis e modernos do País.

Os detalhes desse novo modelo estão sendo definidos pela Infraero com a assessoria do Banco do Brasil e uma consultoria. Segundo Antônio, o primeiro passo será a abertura de uma empresa específica para cada aeroporto. Depois, será realizada a busca por um parceiro privado que pode ocorrer via Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) que é a venda pública de ações. Desse modo, a iniciativa privada poderia comprar até 49% de cada aeroporto. A finalidade dessa venda é captar recursos.

O presidente afirmou que a Infraero está passando por um processo de reestruturação, na qual será dividida em quatro empresas: a primeira vai cuidar das Sociedades de Propósito Específicas (SPEs) – formada pelo primeiro lote de concessão de seis aeroportos realizada em 2013, nos quais a Infraero ficou com uma participação de 49%; a segunda fará a transferência da parte de navegação aérea para a Aeronáutica; a terceira vai continuar prestando serviço aeroportuário – como manutenção de pistas – e a quarta será a Infraero Aeroportos, a futura dona das empresas dos terminais com 49% da iniciativa privada.

Ontem, o presidente da Infraero veio ao Recife participar do Voo de Negócios, evento que mostra as áreas dos aeroportos da estatal que podem ser exploradas pela iniciativa privada. O antigo terminal do Aeroporto do Recife poderá ser arrendado por uma universidade, segundo Antônio. A área tem 14 mil metros e deve receber um investimento de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões do arrendatário. Ele não revelou nomes, porque disse que “ainda está em fase de prospecção”. 

O Aeroporto do Recife tem 74 pontos arrendados e mais cerca de 30 disponíveis para arrendamento. O terminal recifense recebeu 6,8 milhões de passageiros em 2016 e tem a capacidade de acolher 16,8 milhões de visitantes anualmente.

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