FipeZap: Recife acumula alta de 7,57% no aluguel em 2018

Em setembro, no País, variação média do preço da locação foi de variação média de -0,01%
Da editoria de economia
Publicado em 16/10/2018 às 7:00
Prédios na Zona Norte do Reccife - Índice FipeZap mede valor cobrado pelos proprietários em anúncios nas suas plataformas Foto: Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem


O preço do aluguel no Recife subiu, e acima da média nacional, segundo o índice FipeZap de locação residencial. Embora no mês de setembro o indicador tenha apontado estabilidade frente agosto, com variação média de -0,01% em todo o País, no acumulado do ano, a capital pernambucana tem a maior alta entre as 15 cidades pesquisadas (7,57%). Mesmo com o resultado dos preços anunciados, as imobiliárias garantem ainda esbarrar na “realidade do mercado” – com mais oferta do que demanda – e têm mantido, em boa parte dos imóveis, reajustes baseados na negociação com o inquilino.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE) e proprietário da imobiliária Âncora, Luciano Novaes, a possibilidade de conservar o locatário continua se sobressaindo. “Esse percentual talvez esteja refletindo a oferta, mas não chega ao fechamento de negócio. Na minha imobiliária temos 210 imóveis alugados para serem ajustados este mês. Desses, metade vai manter os atuais valores, seja por estar localizado em bairros com número grande de imóveis para locação ou terem condomínios altos... O que temos buscado é conservar o inquilino”, diz Novaes.

Segundo a última pesquisa de imóveis usados para locação do Secovi-PE, no Recife, estavam disponíveis mais de 6.660 imóveis usados para locação no mês de agosto; em julho eram 6.348. “Hoje já há o cuidado de analisar o índice e também a realidade do mercado, que é basicamente a oferta e procura.”

Conforme o FipeZap, no mês de setembro, o Recife continuou em destaque com a terceira maior variação no preço cobrado pelo aluguel, atrás apenas de São Bernardo do Campo (+2,28%) e Belo Horizonte (+1,13%), com índice de 0,92%. O preço do metro quadrado também se manteve o mais caro das cidades analisadas no Nordeste (R$ 26,12), à frente de Salvador (R$ 20,13) e Fortaleza (R$ 15,59). A taxa de rentabilidade do aluguel – razão entre o valor de locação mensal por m² e o valor de venda mensal pelo m² - é de 5,3% na capital pernambucana, enquanto a média do País é de 4,4%.

IGP-M

Mesmo que os índices não estejam sendo completamente refletidos nos contratos, a previsão do relatório Focus divulgado ontem, aponta que a alta do principal índice do aluguel, o IGP-M, em 2018 passou de 9,60% para 9,92%. Há um mês, estava em 8,71%. No caso de 2019, a alta projetada foi de 4,49% para 4,50%.

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