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Após retomada de obras, aumenta procura de emprego no Cais José Estelita

Na manhã desta sexta-feira (29), a fila de pessoas desempregadas em torno dos armazéns contornava os muros do terreno

JC Online
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Publicado em 29/03/2019 às 9:01
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Após a decisão do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Adalberto de Oliveira Melo, que autorizou o reinício das obras de demolição dos galpões do Cais José Estelita, na área central do Recife, nessa quinta-feira (28), o número de trabalhadores em busca de emprego das obras aumentou. Na manhã desta sexta-feira (29), a fila de pessoas desempregadas em torno dos armazéns contornava os muros do terreno. 

Para o pedreiro Gustavo, que chegou ao local às 4h desta sexta, esta é uma oportunidade voltar ao mercado de trabalho. “Estamos aqui esperando uma oportunidade para entrar no mercado de trabalho mais uma vez, depois de 4 anos desempregado”, disse. 

Ocupe Estelita 

Além dos trabalhadores, integrantes do movimento Ocupe Estelita permanecem acampados no terreno. O grupo, que não concorda com a demolição dos galpões, está no local desde a segunda-feira (25), quando as obras foram retomadas após a Prefeitura do Recife conceder alvará para a demolição dos armazéns do Cais.

Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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O número de trabalhadores em busca de emprego nas obras aumentou, após retomada da obra de demolição - Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem

De acordo com Gabriela, uma das líderes do Ocupe Estelita, a pauta do movimento também pela geração de empregos para os trabalhadores que formam a fila no Cais José Estelita. "O movimento é absolutamente favorável à geração de emprego, o que o movimento quer é alinhado com a geração de muitos empregos, mas também é alinhado com um modelo de cidade menos excludente, inclusive para esses trabalhadores que estão aqui", disse ela. "Por isso, vamos continuar ocupando aqui", continuou.

A decisão do desembargador Adalberto de Oliveira Melo aconteceu após a 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital determinar a suspensão das obras. Com a nova decisão, o Consórcio Novo Recife, formado pelas empresas Moura Dubeux, Queiroz Galvão e GL, só está autorizado a demolir as edificações no terreno. Para começar a construção do condomínio no local, as empresas precisarão de um novo alvará concedido pela Prefeitura do Recife.

Por meio de nota, a Prefeitura do Recife informou que recorreu da liminar que proibia o município de conceder alvarás de demolição com o objetivo de recuperar a legitimidade administrativa na regulação de obras e ordenamento urbano. A administração municipal também afirmou que tem a absoluta segurança de que não há impedimento legal para a concessão de alvará de demolição no caso do Cais José Estelita. Confira a nota:

"A Prefeitura do Recife informa que recorreu, através da Procuradoria Geral do Município, da liminar que proibia o município de conceder alvarás de demolição com o objetivo de recuperar a legitimidade administrativa na regulação de obras e ordenamento urbano, que estava suspensa por liminar. A gestão municipal tem a absoluta segurança, como confirmou a Decisão do Tribunal de Justiça, de que não há impedimento legal para a concessão de alvará de demolição no caso do Cais José Estelita, que conta com anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Trata-se de um empreendimento privado, mas que após a Lei 18.138/2015 aprovada pela atual gestão, que obrigou os empreendedores a refazerem o projeto, resultará na entrega de 65% do terreno para uso público, inclusive com um parque linear onde hoje existem pistas, a reforma de 28 galpões que serão um centro cultural aberto a toda população, além de calçadas mais largas, ciclovia, seis quadras esportivas embaixo do Viaduto Capitão Temudo, novo sistema viário, ligação do Cais com a Avenida Dantas Barreto, entre outros benefícios públicos para a cidade. Os empreendedores estão obrigados a investir R$ 80 milhões nas áreas públicas."

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