Atualmente inflação pode não ser a principal dor de cabeça dos brasileiros, mas alguns itens que compõem a cesta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) sim. Os planos de saúde, por exemplo, fecharam o ano com alta de 8,3% e, embora isso sinalize um ritmo mais comedido do avanço, ainda representa o dobro do IPCA, que em 2019 fugiu ao centro da meta e encerrou em 4,31%.
Leia Também
Nos últimos três anos, o acumulado já é de 33,17% de alta na Região Metropolitana do Recife e, no que depender dos custos dos procedimentos médicos, essa diferença deve continuar em 2020. Um estudo da consultoria global Aon estimava que o Brasil fecharia 2019 com a variação dos preços no setor de saúde em 17%. Para este ano, a expectativa é de 15%, quando o FMI prevê um índice geral de 4,1%.
Para o ex-diretor da ANS, Elano Figueiredo, “há necessidade de se entender que as despesas com saúde possuem uma forte relação com o dólar e há um envelhecimento populacional invertendo a pirâmide etária”, o que pressiona os gastos com saúde e impacta o custo da base dos planos. Para o consumidor, fica mais difícil manter o serviço. Entre 2013 e 2018, a saúde suplementar perdeu no País 1,5 milhão de vínculos, chegando a 47,087 milhões de beneficiários até o terceiro trimestre de 2019.
Odontológicos
Por outro lado, quase 1,6 milhão de novos brasileiros passaram a ter planos exclusivamente odontológicos, até novembro. Esse tipo de plano já atende 25,8 milhões de vínculos no País e pode bater recorde de 26 milhões, com números totais de 2019.