A partir da denúncia de um cliente, um posto de gasolina no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi multado na semana passada pelo Procon do município em R$ 1,5 milhão. O motivo foi uma bomba do posto que fazia a contagem do valor mesmo sem liberar combustível. O equipamento foi interditado e o posto se defendeu, alegando que era problema técnico.
Para não correr o risco de ser lesado na hora de abastecer, separamos 5 importantes dicas dadas pela diretoria técnica do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE), Ana Carla Andrade, na próxima vez que você parar seu veículo em uma bomba de combustível.
>> Posto de gasolina no Cabo é multado em R$ 1,5 milhão por fraude pelo Procon
Caso note alguma irregularidade em algum dos itens acima, por exemplo, você pode acionar a fiscalização do Ipem-PE através do telefone 0800 081 1526. A ligação é de graça.
Problemas na hora de abastecer o carro são mais comuns do que parecem. No ano passado, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fiscalizou 13.500 postos de combustíveis no País, resultando em 2.900 autos de infração. Pernambuco teve 506 postos fiscalizados e 158 autuados. Entre as infrações mais comuns está a bomba com medição irregular, afirma a ANP.
O Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco, Ipem-PE realiza anualmente uma verificação dos equipamentos de todos os postos de combustíveis do Estado. Depois de comprovado o funcionamento perfeito da bomba, em relação a ausência de vazamentos, medição correta do volume de combustível e de valores, entre outros itens, a bomba recebe um selo do Ipem-PE com o ano em que foi feita a inspeção.
"O selo é a garantia de que o equipamento passou por testes de verificação recentemente mas, se mesmo assim, o consumidor perceber algum funcionamento irregular, pode fazer uma denúncia que enviaremos uma fiscalização", afirmou Ana Carla Andrade.
Na última sexta-feira (14), o posto de gasolina Cemopel, localizado no centro do Cabo de Santo Agostinho, foi multado em R$ 1,5 milhão pelo Procon da cidade, após o estabelecimento ser denunciado nas redes sociais. Esta foi a maior multa já aplicada a um comércio no município. O dono do posto contestou a autuação e o valor da multa que considera exagerado.
Em um vídeo divulgado através das redes sociais, um motociclista mostrava que o conta-giros da bomba continuava rodando, mesmo sem a saída de combustível. Ao Procon, o gerente do estabelecimento confirmou que o vídeo divulgado era verdadeiro. O proprietário do posto, Celso Morais, contestou a atitude do Procon em autuar o estabelecimento e aplicar a multa de um valor tão elevado. "O que houve na verdade foi um problema mecânico em apenas uma das bombas do posto. Ao tomar conhecimento do defeito, nosso gerente interditou o bico defeituoso e acionou a assistência técnica. Quando o Procon chegou a bomba já estava fora de operação. O mecânico corrigiu o defeito do equipamento e emitiu um laudo técnico que fará parte do nosso processo de defesa", afirmou o empresário.