O português Luis Figo, candidato à presidência da Fifa, afirmou nesta segunda-feira (23) que a entidade perderá quatro anos se o atual mandatário, o suíço Joseph Blatter, for reeleito para um quinto termo.
"Se nada mudar, então serão quatro anos perdidos em termos de transparência e modernização", disse o ex-melhor jogador do mundo em Viena, onde acontece o congresso da Uefa.
"As opiniões das pessoas com que tenho conversado em minha campanha são positivas. Se dizem que querem a mudança para serem educadas comigo, o problema é delas. Às vezes, as pessoas têm medo de mudar, porém é preciso convencê-las de que a troca será para melhor", declarou.
Figo destacou que a Copa do Mundo deveria ampliar o número de seleções participantes.
"Há de se abrir um debate no congresso da Fifa. Por exemplo, com 40 [contra os 32 atuais] haveria mais interesse das equipes que não vão ao torneio habitualmente e permitiria aumentar os benefícios, que poderiam ser investidos no futebol", explicou.
DEBATE
Michael van Praag, presidente da Federação Holandesa, não escondeu a decepção pelo cancelamento de um debate televisivo com seus rivais ao cargo mais importante do futebol mundial.
O holandês, assim como Figo e o príncipe Ali bin Al-Hussein, da Jordânia, aceitaram uma proposta dos canais britânicos BBC e Sky Sports para um debate. Entretanto, a ideia foi descartada após a recusa de Blatter em participar.
"Em nome da clareza e para evitar mal-entendidos, a maneira mais pura para saber o que as quatro pessoas pensam, o que querem e gostam e desgostam, é um debate assim", afirmou Van Praag, de 67 anos.
"Estou muito decepcionado que não acontecerá. Eu aceitei de bom grado. Só impus uma condição à BBC, que foi fazer uma co-produção com a NOS, que foi quem fez a proposta", declarou o holandês.
A eleição presidencial da Fifa está marcada para o dia 29 de maio, em Zurique, na Suíça.