Jogadores de Real Madrid e Barça ameaçam entrar em greve por direitos de TV

Na quarta-feira foi a Real Federação de Futebol Espanhol (RFEF) que anunciou a suspensão de todas as competições a partir de 16 de maio
Da AFP
Publicado em 07/05/2015 às 17:14
Na quarta-feira foi a Real Federação de Futebol Espanhol (RFEF) que anunciou a suspensão de todas as competições a partir de 16 de maio Foto: Foto: CURTO DE LA TORRE / AFP


Jogadores de futebol espanhóis ameaçam entrar em greve a partir de 16 de maio por descontentamento pela divisão dos direitos de televisão, anunciou nesta quinta-feira (7) o presidente de seu sindicato, apoiado por grandes nomes, como  Iker Casillas e Sergio Ramos, do Real, e Andres Iniesta e Gerard Piqué, do Barça.

"Pedimos menos diferenças na divisão entre a primeira e a segunda (divisão) como acontece na Europa", afirmou o ex-jogador Luis Rubiales, presidente da Associação de Jogadores de Futebol espanhóis (AFE), colocando-se ao lado de 50 jogadores.

"Fomos levados a um beco sem saída, nós não queríamos chegar a este nível", acrescentou, declarando a disposição do sindicato em negociar com o governo e com a Liga de Futebol Profissional (LFP).

Na quarta-feira foi a Real Federação de Futebol Espanhol (RFEF) que anunciou a suspensão de todas as competições a partir de 16 de maio, disparando os alertas, visto que a medida põe em risco as rodadas da Liga que decidiria o campeão.

Também corre risco a final da Copa do Rei, prevista para 30 de maio no Camp Nou, entre o Barcelona e o Athletic Bilbao.

Assim como a RFEF, o sindicato não está de acordo, ainda que por motivos diferentes, com um decreto de lei, aprovado em 30 de abril pelo governo espanhol para a venda centralizada dos direitos de televisão para o futebol nacional.

Este permite à LFP negociar em bloco com as operadoras de TV para realizar depois a partilha entre clubes, ao invés do modelo atual, no qual cada clube negocia individualmente.

Esta receita será distribuída em 90% entre os clubes da primeira divisão e 10% para os da segunda.

Rubiales deu como exemplo os casos da Alemanha, onde a distribuição é de 79% para a primeira e de 21% para a segunda, e da França, onde é de 81%-19%.

"Decidimos parar não como medida de força; e sim como defesa ao que entendemos ser um ataque aos nossos direitos", afirmou, negando que seu protesto esteja relacionado com as novas imposições fiscais aos jogadores sobre os ganhos relacionados com direito de imagem.

"Não é a primeira vez que demonstramos neste país a solidariedade, a força, a união dos jogadores", acrescentou.

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