O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, teria movimentado US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 32 milhões) usados para o pagamento de propina, revelou nesta segunda-feira (1) o jornal "The New York Times" baseado em fontes anônimas da investigação sobre a Fifa nos EUA.
De acordo com a publicação, Valcke, braço-direito do presidente da Fifa, Joseph Blatter, é o "alto funcionário da Fifa" que, segundo o indiciamento divulgado na semana passada, transferiu US$ 10 milhões da Fifa para contas controladas por Jack Warner, na época presidente da Concacaf, a confederação de futebol das Américas do Norte e Central.
Esse pagamento é central no indiciamento de Warner, acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de receber dinheiro para apoiar a candidatura da África do Sul para a Copa-2010. A investigação não é conclusiva sobre se Valcke sabia que o dinheiro estava sendo usado para o pagamento de propina.
O suposto envolvimento de Valcke, conhecido no Brasil por ser responsável pela fiscalização dos preparativos da Copa, aproxima a investigação de Blatter, reeleito na semana passada para um quinto mandato consecutivo à frente da Fifa.
DETIDOS
A pedido das autoridades dos EUA, a polícia suíça realizou na última quarta-feira (27) uma operação surpresa para deter em Zurique sete dirigentes da Fifa investigados por corrupção e com mandados de extradição. Entre os detidos está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que deixou a entidade me abril. Os outros detidos foram Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel.