Em campanha na Índia pela eleição presidencial da Fifa, o secretário-geral da Fifa, Gianni Infantino, garantiu não pretente esperar nenhum dia para começar as reformar se for eleito, em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol.
"As reformas não precisam apenas ser decididas, mas precisam também ser aplicadas logo", afirmou o suíço no domingo, em Gurgaon, perto de Nova Dehli, onde assistiu à entrega de troféus do futebol asiático.
"A partir do primeiro dia depois da eleição, no dia 27 de fevereiro, é preciso começar a aplicar estas reformas. Eu sei do que estou falando, faço isso todo dia na Uefa. Precisamos de boa governança, transparência financeira e estruturas de mudança no nosso projeto", detalhou o dirigente.
Durante o evento, Infantino teve uma conversa com seu principal rival na eleição, o xeque Salman, do Bahrein, presidente da Confederação Asiática.
Salman é um tradicional aliado de Michel Platini, presidente da Uefa, que o suíço substitui como plano B, porque o francês teve a candidatura 'congelada' por ser suspenso pela comissão de ética da Fifa.
Caso Platini seja autorizado a concorrer, Infantino já deixou claro que vai desistir do pleito, e especula-se que o xeque pode seguir o mesmo caminho.
Infantino e Salman sentaram lado a lado durante o jantar de gala da cerimônia de entrega dos troféus. Perto deles estava outro candidato de peso, o Príncipe Ali, da Jordânia, que levou o presidente demissionário Joseph Blatter ao segundo turno na última eleição.
Ali chegou a ter o apoio de Platini naquela eleição, mas poucas semanas depois fez duras críticas, que considera como "parte do sistema" de corrupção da Fifa.
Na última quinta-feira, Infantino obteve o apoio da Confederação Sul-Americana, a Conmebol.
O suíço pediu mais unidade entre as 209 federações nacionais membros da Fifa, que têm direito a um voto cada na eleição.
"O futebol precisa de um debate sano sobre seu futuro. Tudo que pode ser feito de forma construtiva será positivo", completou.