Ex-presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio morre aos 81 anos

O dirigente, que estava internado desde o fim de semana, lutava contra um câncer de próstata diagnosticado em 2013
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 09/12/2015 às 9:52
O dirigente, que estava internado desde o fim de semana, lutava contra um câncer de próstata diagnosticado em 2013 Foto: Foto: Divulgação


O ex-presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 81 anos, em São Paulo. O dirigente, que estava internado desde o fim de semana, lutava há anos contra um câncer de próstata, diagnosticado em 2013, e estava afastado nos últimos meses da vida política do clube do Morumbi para tratar da saúde. Ainda não há mais informações sobre o velório e o enterro.

Juvêncio presidiu o São Paulo entre 1988 e 1990 e, depois, entre 2006 e 2014. Nessa última gestão, liderou o clube ao tricampeonato brasileiro e também à conquista da Copa Sul-Americana, em 2012. Deixou de ocupar cargo na diretoria em 2014, quando rompeu com o ex-aliado político Carlos Miguel Aidar e saiu da diretoria das categorias da base do clube. Desde então, passou a atuar na oposição.

O ex-presidente nasceu em Santa Rosa do Viterbo (SP) e era advogado. Juvêncio ocupou a direção do Departamento de Futebol do São Paulo no começo da década de 1980, período que coincidiu com a formação do time conhecido como "Menudos", formado por Silas, Müller, Pita e Sidney. A formação, sob o comando do técnico Cilinho, ganhou o Campeonato Paulista de 1985. 

Já como presidente, em 1988, sucedeu a Aidar e promoveu reformas na sede social do São Paulo. Em 2005, na gestão de Marcelo Portugal Gouvêa, retornou à diretoria de futebol e ajudou na inauguração do Centro de Formação de Atletas em Cotia, aberto naquele ano e responsável por revelar garotos para o time profissional.

Antes de deixar a presidência no segundo mandato, Juvêncio indicou Aidar como o seu sucessor. Os dois romperiam cinco meses depois do início da nova gestão. O conflito modificou o jogo político do São Paulo e "rachou" o Conselho Deliberativo em período que ficou marcado pela rivalidade entre os dois e, consequentemente, entre os respectivos apoiadores.

Juvêncio continuou ativo na política do São Paulo durante 2015 até se afastar no segundo semestre para cuidar da saúde. Em outubro Aidar renunciou ao cargo após denúncias de irregularidades e uma nova eleição foi convocada, quando o antigo aliado de Juvêncio, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi eleito. Apesar dessa movimentação nos bastidores, o ex-presidente já estava debilitado e não compareceu ao pleito.

Durante a crise política que culminou com a saída de Aidar, o ex-presidente reatou amizade com o antigo aliado Marco Aurélio Cunha, que foi superintendente de futebol durante a última gestão de Juvêncio. Cunha é pai de um dos netos de Juvêncio, João Paulo Juvêncio.

A última participação do ex-dirigente no São Paulo foi na última sexta-feira. O clube promoveu um evento de despedida para Luis Fabiano no CT da Barra Funda e Juvêncio gravou um áudio com mensagem de apoio ao atacante. O camisa 9 encerrou contrato com o time do Morumbi e vai para o futebol da China.


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