Era pós-Ricardo Teixeira na CBF tem 3ª demissão de técnico em 4 anos

Desde que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em março de 2012, a entidade já demitiu três treinadores
Estadão Conteúdo
Publicado em 14/06/2016 às 16:10
CBF divulgou novo guia médico Foto: Foto: Divulgação


A prática, comum nos clubes brasileiros, de demitir treinadores após o primeiro fracasso chegou de vez à seleção brasileira. Desde que Ricardo Teixeira renunciou à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em março de 2012, a entidade já demitiu três treinadores. Mano Menezes caiu ainda em 2012, Felipão em 2014 e Dunga foi descartado nesta terça-feira (14). Como comparação, apenas três treinadores comandaram a seleção nos últimos 10 anos de gestão de Teixeira.

As demissões mostram não apenas a decadência do futebol brasileiro, que corre o risco de ficar fora da Copa do Mundo de 2018 e caiu na primeira fase da Copa América Centenário, mas também a diferença de postura de Marco Polo del Nero na comparação com Teixeira.

 

 

 

É verdade que Mano Menezes e Felipão foram demitidos por José Maria Marin, mas Del Nero já era, nos bastidores, o homem-forte dentro da CBF. Nesta terça, a decisão pela saída de Dunga foi comunicada à imprensa poucos minutos depois do início de uma reunião entre Del Nero e o treinador, na sede da CBF.

Dono da primeira cabeça e rolar na nova fase na história da CBF, Mano Menezes comandou o Brasil em 39 jogos (contando com a equipe olímpica), conquistando 26 vitórias, seis empates e sete derrotas. Ele caiu dois dias depois do título do Superclássico das Américas, em novembro de 2012. Sua demissão causou também a saída de Andrés Sanchez do cargo de diretor de seleções.

Felipão ficou um ano e meio no cargo, apenas, e, na versão oficial, pediu demissão dois dias depois da derrota por 3 a 0 para a Holanda, pela decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo de 2014. Com ele, à época, saíram todos os componentes da comissão técnica da seleção, inclusive o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. No total, Scolari comandou a equipe em 29 jogos, com 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas.

Agora, Dunga é demitido com uma passagem ainda mais curta que dos antecessores quando se leva em conta o número de jogos. Ainda que tenha ficado no cargo por 23 meses, trabalhou em apenas 27 partidas. Ele comandou o time em 13 amistosos, vencendo todos. Mas, quando os jogos eram oficiais, o desempenho foi de apenas 54%. Foram seis vitórias em 14 jogos, além de cinco empates e três derrotas.

Desde a curta - porém vitoriosa - trajetória de Felipão à frente da seleção na conquista do Penta, que durou 25 partidas, em 2012, ninguém saída da seleção após tão poucos jogos. O próprio Dunga comandou a equipe por 60 partidas entre 2006 e 2010, enquanto Parreira esteve à frente do Brasil por 56 jogos até a Copa de 2006.

 

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