Quem estava acompanhando ontem a partida entre Atlético Nacional, da Colômbia, e Kashima Antlers, do Japão, pelo Mundial de Clubes da Fifa, se deparou com o uso do árbitro de vídeo. Mesmo com as imagens, o húngaro Viktor Kassai errou ao marcar um pênalti para o time japonês. Assim como o Mundial, o Campeonato Pernambucano de 2017 também poder ter o uso da tecnologia, o que levanta uma preocupação quanto a qualidade da arbitragem do estadual do ano que vem.
A possibilidade de erros é encarada como algo normal pela FPF. Para o diretor de competições da entidade, Murilo Falcão, a tecnologia é algo novo no esporte e está sujeita a erros.
“A gente sabe que vai acontecer isso (erros) aqui também. É algo novo. E como tudo que é novo, leva um tempo para se adaptar. Todo experimento está sujeito a erros. Precisamos amadurecer todos os quesitos”, afirmou.
Já o ex-árbitro Fifa Wilson Souza tem um discurso semelhante ao de Murilo. Ele acredita que a tecnologia deve ser aprimorada, já que é algo novo no meio. Wilson diz ainda que, mesmo com o auxilio das imagens, o assistente só poderá anular um lance quando tiver a clareza do fato e não restar dúvidas.
“Eu penso que o árbitro de vídeo tem que ter uma experiência superior a dos árbitros do quadro em que ele está inserido, porque ele vai tomar uma decisão através de recursos tecnológicos. Ele tem que ter a clareza na hora de mudar a decisão de quem está lá (no campo). O lance tem que ser visto em ângulos diferentes, para poder dar mais nitidez ao fato. Essas decisões devem ser feitas com calma”, analisou Wilson.
Para ser usada no Estadual de 2017, a metodologia ainda deve ser autorizada pela Fifa.