Único sobrevivente do voo da Chapecoense ainda internado, o goleiro Jackson Follmann teve adiada cirurgia que seria realizada nesta sexta-feira, no Hospital Unimed, em Chapecó. A operação, que ainda não tem nova data definida, complementaria procedimento anterior no tornozelo esquerdo do paciente.
De acordo com o boletim médico divulgado nesta sexta, os médicos decidiram adiar a cirurgia para "consolidar o tratamento antimicrobiano" antes de fazer o "implante do material de síntese" no tornozelo esquerdo. Este implante será utilizado no procedimento chamado de artrodese, que consiste na fixação de dois ossos, finalizando a mobilidade deles. O implante vai unir os dois ossos.
Ainda segundo o boletim, Follmann apresenta quadro estável e segue tomando analgésicos. Na terça, ele foi submetido a operação para reparação da perna direita amputada. O procedimento serviu para preparar a perna para receber uma prótese, daqui a cerca de 15 dias, em São Paulo.
No mesmo dia, o goleiro da Chapecoense passou por outra cirurgia no pé esquerdo para retirada dos talões e fixação do tornozelo. Foi o começo do procedimento que seria finalizada em operação marcada para esta sexta, mas adiada por decisão dos médicos. Follmann segue sem previsão de alta hospitalar.
Os outros três sobreviventes brasileiros do acidente, o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o jornalista Rafael Henzel, já receberam alta nos últimos dias. Todos eles estavam no avião que levava a Chapecoense para a decisão da Copa Sul-Americana, em Medellín, e caiu nas cercanias da cidade, deixando 71 mortos.