Se no ano passado os clubes da China causaram estrago no futebol brasileiro ao contratarem alguns dos melhores jogadores do Brasil, agora os asiáticos têm tirado o sono de potências da Europa. Turbinados com dinheiro das maiores empresas do país e incentivados pelo governo do presidente Xi Jinping, os chineses resolveram investir ainda mais no futebol e passaram a fazer propostas astronômicas que inflacionaram o mercado internacional
Hoje, por exemplo, o maior salário entre os jogadores de todo o mundo é do atacante argentino Carlitos Tevez, que receberá R$ 129,4 milhões por ano do Shangai Shenhua.
Na semana passada, Jorge Mendes, empresário do português Cristiano Ronaldo, revelou que foi oferecido ao craque do Real Madrid R$ 340 milhões por temporada.
A estimativa é de que até o fim de fevereiro, quando será encerrada a janela de transferência na China, os clubes do país gastem mais de 500 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) só na contratação de jogadores, superando os 300 milhões de euros (R$ 1 bilhão na cotação atual) do mesmo período do ano passado.
O primeiro grande negócio desta janela foi o meia Oscar, que trocou o Chelsea pelo Shanghai SIPG por 60 milhões de euros (R$ 204 milhões). A transação fez Antonio Conte, técnico do líder do Campeonato Inglês, lançar um alerta: "O mercado chinês é um perigo para todos os clubes do mundo".
O Tianjin Quanjian simboliza bem a mudança de patamar das contratações feitas pelos chineses em relação à temporada passada. Em 2016, o clube gastou 16 milhões de euros (R$ 54 milhões), nas contratações de Geuvânio e Jadson, além da transferência sem custos de Luis Fabiano. Agora, fez uma proposta de 93 milhões de euros (cerca de R$ 320 milhões) pelo atacante Diego Costa, do Chelsea.