Dois meses após ser solto, mesmo sem cumprir os 23 anos pelo assassinato de Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes, do Boa Esporte, corre o risco de retornar à prisão. Na próxima terça-feira (25), a Primeira Turma do STF vai analisar pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitando a revogação do habeas corpus concedido ao ex-presidiário pelo ministro Marco Aurélio Mello. Antes sob a relatoria do ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo ocorrido em janeiro deste ano, o processo agora está aos cuidados do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com o jornal O Globo, Bruno teve um pedido de liberdade negado pelo Superior antes da decisão pela soltura de Marco Aurélio Mello ser proferida. Por esse motivo, o goleiro deve voltar a prisão, já que, segundo Janot, não caberia a Marco Aurélio Mello apresentar habeas corpus contra decisão tomada por outros ministros do STF.
O caso chegou ao Supremo em caráter de urgência e teve de ser encaminhado pela ministra Cármen Lúcia para Marco Aurélio Mello após a morte de Teori. Foi então que Mello concedeu o habeas corpus a Bruno.
Agora que Alexandre Moraes ocupou a vaga de Teori, o processo foi parar em suas mãos. Além do relator e de Marco Aurélio Mello, a Primeira Turma do STF conta ainda com Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. As decisões são tomadas por maioria de votos.