Presidente do Barça descarta renúncia por caso Neymar

Transferência do brasileiro segue sendo investigada
Agência Estado
Publicado em 16/05/2017 às 17:41
Transferência do brasileiro segue sendo investigada Foto: AFP


O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, garantiu nesta terça-feira que não tem intenção de deixar o clube e quer seguir comandando os catalães, mesmo com o julgamento da justiça espanhola por supostas irregularidades na transferência do brasileiro Neymar.

"Aproveito para dizer a todos que afirmaram que essa direção, ou mesmo eu, estamos pensando em renunciar. Não temos nenhuma intenção de fazer isso", falou Bartomeu para os sócios mais antigos do clube.

"Nos sentimos legitimados para seguir tomando decisões e trabalhando para o clube", acrescentou o mandatário, que venceu a eleição de 2015 e cujo mandato dura até 2021.

Esclarecimentos

Em frente ao senado do clube, Bartomeu repassou alguns dos temas principais do julgamento pela compra de Neymar. O craque foi negociado pelo grupo brasileiro DIS, antigo dono de uma parte dos direitos do jogador.

"É muito grave que o juiz dedique metade das quase 50 páginas para justificar sua posição, dizendo que não está de acordo, mas que se viu obrigado a abrir o julgamento oral", falou Bartomeu.

O presidente azul-grana se referiu ao juiz  José de la Mata, que depois de fechar o caso teve que voltar a abrir por conta de uma instância superior, que admitiu os recursos do DIS e da procuradoria contra o fechamento do caso.

"Tanto o Barça como o jogador são vítimas do conflito de interesses entre o Santos e o DIS. Faremos o possível para defender nossa inocência e nossa honra", acrescentou o presidente.

Deixando claro que vai reaver o processo por ordem superior, o juiz decidiu convocar Neymar e seus pais, Bartomeu, o antecessor no cargo Sandro Rosell, o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues Filho e os dois clubes. As acusações são de calote e de corrupção.

O DIS acredita que recebeu menos dinheiro do que merecia pela contratação do Neymar ao Barcelona em 2013.

"Lutaremos ao máximo para que a justiça seja feita", concluiu Bartomeu.

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