A Síria terá a oportunidade de fazer história no futebol. Inserida em uma guerra civil desde 2011 - mais de 400 mil pessoas já morreram e outras milhares estão refugiadas -, o País poderá garantir uma vaga inédita para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. A seleção conseguiu nesta terça-feira uma vaga para a repescagem nas eliminatórias asiáticas após empatar em 2x2 com o Irã, em Teerã, capital iraniana (melhores momentos mais a baixo).
A expectativa que cercava o time era tão grande, que centenas de sírios se reuniram no estádio Al-Jalaa, em Damasco, capital do País, para acompanhar a partida decisiva. Caso batessem os iranianos, os visitantes conquistariam uma vaga direta no mundial do ano que vem.
E o empate contra os donos da casa foi com ar de dramaticidade. Os sírios abriram o marcador aos 13 minutos do primeiro tempo com Tamer Haj Mohamd. Mas o Irã conseguiu o empate ainda na etapa inicial, aos 45, com Sardar Azmoun. O próprio atacante virou o marcador aos 19 do segundo tempo.
Naquele momento quem estava garantindo uma vaga na repescagem era o Uzbequistão, que empatara com a Coréia do Sul, em casa, por 0x0. Porém, já nos acréscimos, Omar Al Soma igualou o placar, levando os sírios ao delírio.O empate por 0x0 deu aos sul-coreanos a vaga direta na Copa do Mundo.
O País aguarda agora a definição do terceiro colocado do grupo 2 das eliminatórias asiáticas. Ambos irão fazer um mata-mata para saber quem irá enfrentar o quarto colocado das eliminatórias da CONCACAF (que engloba as Américas Central e Norte, além do Caribe). Quem ocupa atualmente essa posição é Honduras, com oito pontos.
O feito da Síria ganha ainda mais destaque quando analisadas as situações em que o time nacional atua. Sem poder mandar jogos em casa por conta do temor de atentados terroristas e bombardeios, a seleção faz uma verdadeira peregrinação para poder achar um local para jogar. Já atuou em Omã, Jordânia e no próprio Irã. Atualmente as suas partidas são mandadas na Malásia.