Após a suspensão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Marco Polo Del Nero, retirado provisoriamente por suspeita de corrupção, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) se pronunciou a respeito do caso. Em nota publicada em seu site, o órgão afirma estar surpreso com a determinação do Comitê de Ética da FIFA. A suspensão terá uma duração de 90 dias e o obriga a deixar a presidência.
A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) recebeu com muita surpresa a notícia da suspensão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, por 90 dias. Período esse em que o mandatário ficará impedido de realizar qualquer atividade ligada ao futebol.
O presidente da FPF, Evandro Carvalho, manifesta solidariedade a Marco Polo Dele Nero e informa que nenhum movimento contrário ao presidente da CBF deve ser realizado, já que essa decisão é injustificável e trata-se de uma manobra política da FIFA com o intuito de interferir no processo eleitoral da CBF.
"Pernambuco mantém um alinhamento e sua integral participação junto ao presidente Marco Polo Del Nero", disse Evandro Carvalho.
Del Nero foi indiciado nos Estados Unidos por corrupção ainda em 2015. Para evitar a sua prisão, optou por não sair do Brasil desde que o escândalo da Fifa estourou e provocou a prisão de uma série de dirigentes de peso, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que está sendo julgado nos Estados Unidos.
Na Fifa, o processo contra Del Nero foi aberto ainda em 2015. Mas, por meses, a entidade afirmou que não teria como puni-lo por falta de provas. Nem mesmo os documentos enviados pela CPI do Futebol, no Senado, foram suficientes.
Mas, com a avalanche de novas documentações dos procuradores norte-americanos durante o julgamento de José Maria Marin, nos EUA, Del Nero foi amplamente citado como tendo sido beneficiado por propinas no valor de US$ 6,5 milhões. Mesmo a defesa de Marin usou o argumento de que era Del Nero quem de fato mandava na CBF, enquanto era vice-presidente.
Devido à saída de Del Nero, quem assume o cargo máximo da CBF é o coronel Nunes, de 79 anos. Ele ocupa o posto por ser o mais velho entre os quatro vice-presidentes, seguindo a regra do estatuto.
Presidente da Federação Paraense de Futebol por seis mandatos e coronel da reserva da Polícia Militar do Pará, Nunes é investigado pelo Ministério Público do Pará pela sua atuação como mandatário da entidade que dirigiu. Os promotores querem saber como o mandatário gastou a verba pública de R$ 3,5 milhões recebida pela entidade entre os anos de 2011 e 2013.