A Federação Baiana de Futebol (FBF) divulgou nesta segunda-feira a súmula do polêmico clássico entre Vitória e Bahia, disputado nesta domingo, no Barradão. O Ba-Vi teve que ser encerrado aos 35 minutos do segundo tempo por falta de atletas no time rubro-negro (o Leão teve cinco expulsos e ficou com menos de sete atletas em campo, perdendo por W.O.). O árbitro Jailson Macêdo disse que dirigentes dos dois clubes conversaram com ele no intervalo, como uma forma de intimidação. Ele relatou ainda que o meia Vinícius, ex-Náutico e hoje no tricolor, fez gestos obscenos para a torcida adversária, gerando toda a confusão.
"Após o término do primeiro tempo, indo em direção ao vestiário da arbitragem, ouvimos as seguintes palavras: 'Jailson, no gol do Vitória, a bola foi na mão claramente'. Palavras proferidas pelo diretor futebol do Esporte Clube Bahia, Diego Cerri", relatou.
O árbitro disse ainda que Erasmo Damiani, diretor do Vitória, o disse na volta do intervalo para "não aceitar a pressão do dirigente do Bahia".
Sobre as expulsões (cinco do Vitória e quatro do Bahia), Jailson disse que todas foram provocadas por conta da confusão generalizada após o gol de Vinícius, que empatou o duelo em 1x1. Apenas a justificativa para expulsar o camisa 29 foi diferente. O árbitro alegou que o ex-alvirrubro comemorou "o gol da sua equipe em frente à torcida adversária fazendo gestos obscenos provocando a mesma".
A FBF confirmou ainda a vitória por 3x0 do Bahia, mesmo com o jogo encerrado aos 35 do segundo tempo, quando estava 1x1. O Vitória perdeu por W.O. por conta da falta de atletas. O regulamento geral de competições da Federação Baiana afirma que uma partida de futebol não pode continuar com menos de sete atletas por parte de uma das duas equipes.