Jogadores da Roma prestam homenagem às vítimas de Hillsborough

Na véspera de duelo contra o Liverpool pela Liga dos Campeões, atletas da Roma visitaram o memorial da tragédia que vitimou 96 pessoas
Heitor Nery
Publicado em 23/04/2018 às 21:55
Na véspera de duelo contra o Liverpool pela Liga dos Campeões, atletas da Roma visitaram o memorial da tragédia que vitimou 96 pessoas Foto: Divulgação/Roma


Na véspera para enfrentar o Liverpool, pela semifinal da Champions League, os jogadores da Roma deram um belo exemplo de respeito contra o rival. A delegação do clube italiano, assim que desembarcou na cidade, foi até o estádio Anfield Road, casa dos Reds, e visitaram o memorial de Hillsborough, que homenageia os 96 mortos na maior tragédia do futebol inglês. O capitão da Roma, Daniele de Rossi, deixou flores no local.

Sobre a tragédia

A tragédia ocorreu no dia 15 de abril de 1989, um pouco antes da partida entre Liverpool e Nottingham Forest no Hillsborough Stadium, em Sheffield, válida pela semifinal da Copa da Inglaterra. Uma confusão generalizada ocorreu após a polícia ordenar a abertura de um dos portões do estádio. Como a capacidade do setor era menor que a quantidade de pessoas, um grande número de torcedores morreu imprensado na grade ou pisoteado.

Ao todo, 96 torcedores do Liverpool morreram, sendo 37 deles adolescentes. Como consequência da tragédia, uma série de regras de segurança foram adotadas nos estádios ingleses. Nas primeiros relatórios da polícia à imprensa inglesa, as informações responsabilizavam hooligans do Liverpool por darem início ao tumulto, algo negado após investigações posteriores, que apontaram falhas no controle policial no acesso e no atendimento às vítimas. Mas sem que alguém fosse formalmente responsabilizado pelo ocorrido.

Apenas em 2009, após a pressão dos familiares das vítimas, um painel independente foi criado para investigar novamente a tragédia, no que resultou em dois novos inquéritos policiais. O primeiro, que concluiu que os torcedores não poderiam ser responsabilizados pela negligência dos serviços de segurança e atendimento médico, nem pela condição inadequada do estádio. No segundo inquérito, em junho de 2017, praticamente 30 anos após as mortes, seis pessoas foram indiciadas pelos erros cometidos na tragédia: quatro ex-policiais, o então secretário do Sheffield Wednesdey FC e o advogado que representava a polícia de South Yorkshire.

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